Os chamados protocolos “agulha free” constituem uma tendência mundial defendida por especialistas em saúde e quem fez conta a experiência
De acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, entre 2014 e 2019, o número de procedimentos de harmonização facial subiu de 72 mil para 256 mil ao ano. Ou seja, cada vez mais as pessoas têm procurado pelos procedimentos no rosto. Mas, e se for sem agulha, é melhor ainda? Segundo a Dra. Fabiane Miranda, dentista especializada em Lapidação Facial, essa é a nova tendência no mundo em procedimentos tecnológicos. “Definitivamente, existe uma tendência mundial crescente em direção aos tratamentos não invasivos para a pele do rosto. Há mais de seis anos tenho incentivado meus pacientes a valorizarem sua beleza natural, evitando modificações no formato do rosto e optando por tratamentos menos invasivos. A era da autenticidade chegou para ficar já que rostos modificados e exagerados devem estar fora de cogitação. A verdadeira beleza é uma expressão genuína de quem somos, sem necessidade de máscaras ou transformações extremas. É sobre envelhecer com elegância, sem deixar que a idade se estampe em nossos rostos”, esclarece.
Segundo a especialista, os protocolos de “agulha free” são recomendados para aqueles que buscam um lifting não cirúrgico, desejam tratar o olhar cansado, suavizar o bigode chinês, combater a flacidez, suavizar rugas finas, restaurar a firmeza e a elasticidade da pele, reduzir a gordura e flacidez na região da papada, aprimorar o contorno facial, uniformizar a textura e o tom da pele, minimizar poros dilatados, e realçar a luminosidade da pele. “Estes tratamentos são indicados para pacientes que desejam rejuvenescer melhorando a qualidade geral do rosto alcançando um resultado natural e harmonioso, sem a necessidade de procedimentos invasivos”, pontua Miranda.
De acordo com o dermatologista Dr. Gabriel Leal essa tendência é benéfica e os procedimentos evoluem com a tecnologia empregada. “A agulha tem um risco de complicação muito importante associado às complicações vasculares, ou seja, quando o produto ao invés de colocado no tecido alvo: tecido de gordura ou na derme, é colocado diretamente dentro de um vaso porque a agulha perfurou inadvertidamente uma artéria. Quando isso acontece pode gerar complicações muito graves, desde simples isquemias com palidez associada, até necrose, perda de tecido e em casos mais graves, cegueiras, que são complicações irreversíveis”.
Para os que pensam que apenas as agulhas possam fazer seus “milagres”, a dentista explica que isso é uma inverdade. “Sim, a comparação de eficácia entre diferentes métodos é uma prática comum e valiosa na busca por tratamentos de qualidade. No entanto, a escolha pela tecnologia muitas vezes se baseia não apenas na eficiência, mas também em outros fatores, tais como a segurança, o conforto do paciente, os efeitos colaterais, expectativas e a conveniência do tratamento. Portanto, a seleção de uma determinada tecnologia pode levar em consideração uma variedade de aspectos além da eficiência pura, visando sempre o melhor e mais seguro resultado para o paciente”.
É claro que muitos profissionais ainda optam por utilizar a agulha, e é possível sim fazer um procedimento minimamente invasivo com o uso das agulhas sem gerar complicações, mas é inegável que a agulha tem um perfil de segurança muito mais baixo do que a cânula, por exemplo. “É super possível fazer um tratamento de pele sem utilizar procedimentos invasivos ou minimamente invasivos. Eu digo sempre o seguinte: o tratamento de pele, seja para manutenção de uma boa qualidade de pele ou visando o rejuvenescimento facial depende da continuidade de cuidados com a alimentação, hábitos e também com o skincare em casa. Não adianta a gente fazer mil tratamentos, sejam eles invasivos ou minimalmente invasivos, injetáveis, lasers, peelings, o que seja, para pele, no consultório com o paciente, sendo que quando ele chega em casa, ele não faz uma manutenção adequada”, alerta o médico.
Associação de técnicas e otimização dos resultados
Para a Dra. Fabiane, a associação de tecnologias é muito importante para otimizar os resultados. “Envelhecemos em diferentes compartimentos e camadas, e para atingirmos excelentes resultados é necessário tratar todas essas camadas. Combinar diferentes tecnologias é essencial para alcançar resultados e atender às necessidades específicas de cada paciente”, ressalta.
Portanto, é primordial selecionar o aparelho mais adequado para cada tipo de problema, requerendo uma avaliação precisa das necessidades, expectativas e condições individuais de cada paciente. Um profissional qualificado irá considerar cuidadosamente esses fatores, criando um planejamento personalizado que atenda às queixas específicas e reverta os danos causados no processo de envelhecimento. “Os protocolos ‘agulha free’ oferecem muitas vantagens, dentre elas a realização de tratamentos estéticos sem a necessidade de procedimentos invasivos, resultando em menor tempo de recuperação, menor desconforto pós-tratamento e a possibilidade de alcançar resultados significativos com um menor nível de invasividade. Além disso, esses protocolos frequentemente possibilitam uma melhoria da textura da pele, estimulação da produção de colágeno e um aspecto rejuvenescido de forma mais suave e natural”, conclui.
Com a palavra, quem experimentou
Melhor do que explicar e detalhar técnicas e vantagens, é ouvir quem passou pelo processo de transformação, não é mesmo? “Eu sempre fui receosa em relação a procedimentos estéticos invasivos, mas quando descobri a nova tecnologia empregada para a beleza e autoestima, minha perspectiva mudou completamente”, conta Renata Moraes. Aos 47 anos, a graduada em Marketing afirma que ficou surpresa com a eficiência dos protocolos. “Utilizando tratamentos combinados consegui resultados incríveis de rejuvenescimento sem a necessidade de injeções. A pele ficou visivelmente mais firme e radiante, e o melhor de tudo é que o procedimento foi totalmente indolor. Recomendo para quem busca beleza e rejuvenescimento sem os incômodos dos métodos tradicionais”, detalha.
Para a secretária executiva Amanda Costa, a rotina de cuidados e vaidade sempre existiu, mas agora exige menos tempo e até investimento menor. Aos 41 anos, ela indica e é adepta dos tratamentos chamados “Agulha Free”. “Essa descoberta representou uma verdadeira revolução na minha vida e no meu ritual de cuidados com a pele. Como uma pessoa que tem medo de agulhas, fiquei encantada ao saber que poderia alcançar um rejuvenescimento significativo sem procedimentos invasivos. As tecnologias utilizadas são de ponta e o processo é extremamente confortável. O resultado foi uma pele mais jovem e revitalizada, e tudo isso sem qualquer desconforto. Sem dúvida, uma excelente alternativa aos procedimentos invasivos”, comenta.
Uma das vantagens de se optar pelo tratamento contínuo para manutenção da pele, é a economia na aquisição de cremes e tratamentos extremamente caros que não promovem o resultado que as tecnologias entregam. “Ao manipular de maneira mais profunda e estimular colágeno, por exemplo, tratamos a pele de dentro pra fora e o resultado é perceptível desde a primeira sessão. A paciente que faz o acompanhamento e segue todas as condutas sugeridas sente não só a melhora no aspecto, viço e textura da pele, como tem sua autoestima elevada com otimização de tempo e dinheiro, já que não se faz mais necessário tantos procedimentos fora do consultório”, finaliza a doutora.
Renata Rode é escritora nata, desde os 11 anos (idade em que escreveu seu primeiro livro). Repórter, jornalista formada e curiosa, é também autora de livros sobre comportamento e ghost writer. Já foi repórter de celebridades na Record TV, colunista especial do UOL e aqui, na Revista AnaMaria vai falar sobre assuntos pertinentes ao Universo Feminino, sempre com um toque de irreverência. Instagram: @renata.escritora
