O termo ganhou destaque após uma revelação feita pela Rainha dos Baixinhos no 'Lady Night'; entenda o significado de cuckquean e suas características
A apresentadora Xuxa Meneghel voltou a surpreender os fãs ao confessar uma preferência sexual pouco comum. Durante uma entrevista no programa 'Lady Night', apresentado por Tatá Werneck, a Rainha dos Baixinhos revelou sentir prazer em ouvir histórias sobre experiências íntimas do marido, Junno Andrade, com outras mulheres. Essa prática, conhecida como cuckquean, tem ganhado visibilidade e despertado a curiosidade de muitas pessoas. Mas você sabe exatamente do que se trata e como funciona esse fetiche?
Neste artigo, AnaMaria explica o significado do termo cuckquean, suas características, o que ele envolve, e por que, assim como Xuxa, algumas mulheres sentem prazer em saber ou até testemunhar a interação do parceiro com outras pessoas. Confira a seguir.
A palavra cuckquean é uma derivação do termo inglês “cuckold”, que se refere a um fetiche em que um parceiro, geralmente do sexo masculino, sente excitação ao saber que a parceira tem relações sexuais com outras pessoas. No caso da cuckquean, a prática se aplica às mulheres que sentem prazer ao saber que o parceiro se relaciona com outra pessoa ou até mesmo ao ver essas interações acontecendo.
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Para muitas pessoas, o conceito pode parecer estranho ou difícil de compreender, especialmente em uma sociedade onde o ciúme e a exclusividade são tão valorizados nas relações amorosas. Entretanto, para aquelas que se identificam com o cuckquean, a ideia de ver o parceiro com outra pessoa pode trazer uma sensação de excitação e prazer únicos, sem qualquer relação com ciúmes ou sentimento de traição.
O interesse pelo cuckquean ganhou destaque após a revelação de Xuxa, mas, ao contrário do que alguns possam pensar, ela não é a única a sentir esse tipo de prazer. Segundo uma pesquisa feita pelo Sexlog, uma rede social voltada para sexo e swing, 75% das mulheres entrevistadas afirmaram sentir prazer ao ver o parceiro com outra pessoa, e 68% demonstraram excitação ao saber de relacionamentos que o parceiro já teve.
Esses números mostram que o cuckquean não é uma prática tão incomum quanto parece e que muitas mulheres se identificam com esse fetiche, mesmo que não o pratiquem diretamente. A reação de Junno ao saber sobre a preferência de Xuxa também aponta para uma abertura e um respeito mútuo no relacionamento, algo essencial para que fetiches como o cuckquean possam ser explorados de forma saudável e consensual.
Para aquelas que se identificam com o fetiche cuckquean, o funcionamento varia bastante e pode incluir diferentes práticas, dependendo dos limites e preferências do casal. Algumas mulheres sentem prazer ao apenas ouvir histórias sobre o passado amoroso do parceiro, enquanto outras preferem testemunhar de perto suas interações íntimas. Abaixo, vamos explorar algumas formas comuns de vivenciar o cuckquean:
Histórias e lembranças: algumas mulheres, como Xuxa revelou, sentem excitação em ouvir o parceiro contar sobre relacionamentos anteriores ou experiências íntimas passadas. Essa prática é menos invasiva e pode ser uma forma de experimentar o cuckquean de maneira mais suave;
Presenciar a experiência: para outras mulheres, o prazer está em presenciar o parceiro se relacionando com outra pessoa. Muitas vezes, isso ocorre em contextos de relacionamento aberto ou no meio do swing, onde os dois parceiros têm segurança para explorar esses desejos;
Participação ativa: algumas praticantes do cuckquean não apenas observam, mas também interagem com o casal ou participam da experiência, ampliando o nível de intimidade entre os envolvidos.
Muitos especialistas em comportamento humano e sexualidade acreditam que o prazer associado ao cuckquean está ligado ao desejo de submissão e à excitação em observar a atração do parceiro por outra pessoa. Para algumas mulheres, saber que o parceiro é desejado ou observar suas interações íntimas cria um estímulo que intensifica o próprio desejo sexual.
Além disso, o fetiche também pode estar ligado à falta de ciúmes. Ao contrário do que se espera em relações convencionais, algumas mulheres experimentam o prazer pelo cuckquean justamente por não se sentirem ameaçadas pela ideia de compartilhar o parceiro, o que reforça a confiança e a segurança no relacionamento.
É comum que o cuckquean seja associado a relacionamentos abertos, mas há uma diferença importante entre eles. O relacionamento aberto geralmente permite que ambos os parceiros mantenham relações sexuais ou afetivas com outras pessoas, com a plena ciência e consentimento de ambos. Já no cuckquean, o prazer está na exclusividade de que somente um dos parceiros, geralmente a mulher, sinta prazer ao ver ou saber do parceiro com outras pessoas, sem que haja reciprocidade na prática.
Essa distinção é fundamental para compreender o cuckquean e evitar confusões, especialmente porque, no caso do fetiche, a mulher envolvida não necessariamente deseja ter suas próprias experiências fora da relação.
Apesar de ser uma prática que ainda enfrenta certo tabu, o cuckquean está se tornando mais discutido e conhecido, especialmente após relatos como o de Xuxa. Para muitas mulheres, saber ou presenciar o parceiro com outra pessoa traz excitação e prazer, permitindo que explorem suas preferências de maneira segura e consensual.
Assim como qualquer fetiche, o cuckquean pode ser uma experiência enriquecedora, desde que todos os envolvidos respeitem os limites e compartilhem uma comunicação aberta. Para aqueles interessados em entender ou experimentar o fetiche, a conversa franca e o respeito pelos desejos do parceiro são o caminho para uma relação harmoniosa e satisfatória.
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