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Você sabe qual é o melhor tipo de salto para usar? Ortopedista explica

Dr. José Machado cita os melhores e piores sapatos usados por elas e ensina dicas para que você evite problemas de saúde e dores

por Renata Rode
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Publicado em 20/10/2024, às 20h19

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Sim, existem saltos melhores e piores segundo o Dr. José Machado, ortopedista especialista em coluna - Imagem Pixabay
Sim, existem saltos melhores e piores segundo o Dr. José Machado, ortopedista especialista em coluna - Imagem Pixabay

Reforçando a ideia de feminilidade e poder, o salto alto impressiona, diferencia e até seduz. Um estudo na Universidade do Texas descobriu que mulheres que usam salto com frequência caminham de forma mais eficiente e melhor. Outro estudo, “O Salto Alto e a Mulher Brasileira”, aponta que em nosso país as mulheres têm, em média, 7,4 pares de sapatos de salto alto. Além disso, 36% têm mais de 10 pares, 87,5% das mulheres os usam para festas e eventos, enquanto 44,9% usam sapatos de salto alto de uma a cinco vezes ao mês. É claro que em todo pró existe um contra e, nesse sentido, aparecem as dores nos pés, costas e joelho. A mesma pesquisa no Brasil aponta que  95% delas sentem dores nos pés e 44,8% das mulheres também disseram sofrer com dor na coluna por uso do calçado.

Dr. José Machado, ortopedista especializado em coluna, indica os tipos ideais de saltos e explica o que acontece em nosso corpo quando utilizamos cada um deles. Segundo o médico, o salto alto e fino pode ser considerado um “vilão” para a saúde dos pés e da postura, principalmente se usado com frequência ou por longos períodos. “O uso de saltos muito altos altera a biomecânica natural do corpo, deslocando o peso para a parte da frente dos pés, o que pode causar diversos problemas. É recomendada cautela com saltos acima de 5 centímetros, pois a partir dessa altura o impacto sobre a distribuição do peso aumenta significativamente”, pontua.

Hit da moda, o salto grosso e quadrado é considerado uma boa opção pelas mulheres. Mas será que o especialista concorda? “Geralmente, é mais confortável e estável do que os saltos finos. No entanto, isso não significa que ele seja totalmente isento de causar problemas. Mesmo com a maior estabilidade, o uso prolongado de saltos grossos quadrados pode levar a desconfortos semelhantes aos de outros tipos de salto, como dores nos pés, calcanhares, joelhos e coluna . Além disso, o uso contínuo pode contribuir para problemas de postura e até mesmo aumentar o risco de torções, especialmente se o salto for muito alto”, salienta.

Saltos “mais amigos”? Eles existem!

O salto meia pata pode ser uma opção melhor do que o salto alto tradicional em alguns aspectos, pois oferece mais sustentação e equilíbrio ao pé. A característica desse tipo de calçado é a plataforma na parte da frente, que diminui a inclinação entre a frente e o calcanhar, aliviando um pouco a pressão sobre os dedos e o ante pé. “Com a meia pata, o pé não fica tão inclinado como em um salto alto fino sem plataforma, o que distribui melhor o peso do corpo. Isso pode ajudar a reduzir a tensão no arco do pé e nas articulações, além de melhorar a estabilidade ao caminhar”, enfatiza o ortopedista.

No entanto, segundo o médico, o salto meia pata ainda mantém uma elevação considerável e o uso prolongado pode causar desconfortos semelhantes aos de outros saltos altos, como dores nos pés, calcanhares e joelhos, além de risco de torções. “Assim, ele pode ser uma escolha mais confortável em comparação com o salto fino, mas é importante equilibrar o uso com sapatos de salto mais baixos ou sem salto para evitar problemas a longo prazo”.

Já o salto estilo anabela é considerado o “menor vilão” entre todos, pois sua plataforma inteiriça oferece mais estabilidade e suporte ao pé. “Diferentemente dos saltos finos, a anabela distribui melhor o peso do corpo ao longo de toda a sola do pé, reduzindo a pressão sobre áreas específicas como os dedos e o ante pé”, pontua.

Essa distribuição mais uniforme do peso pode ajudar a diminuir a tensão no arco do pé e nas articulações, tornando o uso mais confortável e seguro. “Especialmente para quem precisa usar salto por períodos mais longos. No entanto, é sempre bom variar o uso com sapatos de salto mais baixos ou sem salto para evitar problemas a longo prazo”, finaliza Machado.