Descubra como ajudar os adolescentes na escolha profissional com estratégias de autoconhecimento, diálogo aberto e apoio emocional
Publicado em 26/07/2024, às 20h00
De acordo com uma pesquisa realizada pela Intelligent, revista on-line universitária, em dezembro do ano passado, os jovens recém-formados da geração Z nos Estados Unidos estão levando os pais em suas entrevistas de emprego.
Segundo o estudo, cerca de 20% das empresas consultadas relataram essa prática. O estudo envolveu a participação de 800 gestores, diretores e executivos responsáveis pela contratação de pessoal.
Esse resultado pode ser analisado desde o momento em que os jovens encaram o término do ensino médio e se deparam com uma das decisões mais significativas de suas vidas: a escolha do curso universitário.
Esse momento, repleto de expectativas e ansiedades, é marcado por questionamentos comuns, como "e se eu escolher errado?" ou principalmente "e se meus pais não aprovarem minha escolha?".
AnaMaria conversou com a pedagoga e diretora de educação Marizane Piergentille sobre o assunto. Segundo ela, é natural se sentir sobrecarregado diante dessa dúvida. Contudo, é importante reconhecer que essa jornada de decisão é uma oportunidade de crescimento e autoconhecimento.
Antes de tomar uma decisão tão importante, é essencial que os jovens se dediquem a um processo de autoconhecimento. Isso inclui refletir sobre seus interesses, habilidades, valores e aspirações. Perguntas como ‘o que me motiva?’ ou ‘quais são minhas áreas de interesse?’ podem ser úteis nesse processo. Explorar diferentes campos por meio de estágios, cursos extracurriculares ou conversas com profissionais também podem ajudar os adolescentes, destaca Marizane.
A pressão familiar, na maioria das vezes, pode adicionar um peso extra às preocupações.
O que mais observamos nesses jovens é a dificuldade de estabelecer um diálogo aberto e sincero com os pais e explicar os motivos por trás das escolhas e das expectativas em relação ao futuro. Por isso, o papel dos responsáveis aqui é fundamental. É necessário enxergar o filho como um ser humano com suas próprias individualidades e aspirações e não como uma extensão de si. Isso conta na hora de ganhar autoconfiança para o mercado de trabalho, aponta Marizane.
Mas nem sempre a primeira escolha acaba sendo a mais adequada, e isso é normal. Diferente de alguns anos atrás, a nova geração está aprendendo a enxergar os erros e as decisões equivocadas como uma forma de aprendizado.
Para a diretora, incentivar os jovens a explorar diversas opções e permanecer abertos a novas oportunidades pode ser fundamental para encontrarem um caminho que dialogue com suas paixões e objetivos.
“Não existe destino escrito em pedra e, conforme os anos passam, os interesses mudam e acabamos descobrindo novas habilidades, hobbies e vontades que jamais imaginaríamos quando mais novos. É importante pautar essas decisões sempre com um passo de cada vez”, finaliza Marizane.
Autoconhecimento: incentivar os jovens a refletirem sobre suas paixões, habilidades e valores é fundamental. Ferramentas como testes vocacionais e orientação profissional podem ser de grande valia.
Exploração: permitir que os adolescentes explorem diferentes áreas por meio de estágios, voluntariado ou cursos extracurriculares pode ajudar os adolescentes a descobrirem suas verdadeiras vocações.
Diálogo Aberto: estabelecer uma comunicação clara e honesta entre pais e filhos pode reduzir a ansiedade e garantir que os jovens se sintam apoiados em suas decisões.
Flexibilidade: é importante que os adolescentes entendam que não precisam acertar de primeira. Mudanças de curso e reorientações profissionais são normais e parte do processo de crescimento.
Apoio Emocional: proporcionar um ambiente acolhedor e livre de julgamentos, onde os jovens se sintam seguros para expressar seus medos e incertezas, pode fortalecer sua autoconfiança.
Ajudar os adolescentes a tomarem decisões profissionais assertivas requer um esforço conjunto entre autoconhecimento, apoio familiar e a disposição para explorar novas oportunidades.
Com essas estratégias, é possível transformar esse momento de incerteza em uma jornada de descobertas e crescimento pessoal. Portanto, é essencial que pais e educadores trabalhem juntos para ajudar os adolescentes a trilhar um caminho que realmente os realize e os motive.
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