Com o aumento das queimadas no Brasil, partículas de fumaça se espalham e podem chegar até a Argentina e Uruguai; veja como cuidar da sua saúde
Os céus de várias regiões do país estão cobertos por uma densa camada de fumaça, muitas vezes confundida com a neblina típica de manhãs frias. No entanto, essa névoa tem origem nas queimadas no Brasil que vêm devastando a Amazônia e outras regiões. Segundo meteorologistas, essa fumaça, que já afeta grande parte do território nacional, pode alcançar a Argentina e o Uruguai nos próximos dias.
Os estados mais afetados, como Amazonas, Pará e Mato Grosso, registraram o maior número de focos de incêndio dos últimos 19 anos. A nuvem de fumaça resultante já cobre cerca de 50% do Brasil, totalizando quase 5 milhões de quilômetros quadrados. Essa massa de ar, carregada de fuligem e poluentes, está sendo levada para o sul do país pelos ventos e pode atingir Buenos Aires e Montevidéu até o final da semana.
Enquanto a neblina natural se dissipa com o aumento da temperatura ao longo do dia, a fumaça proveniente das queimadas pode permanecer no ar por dias, agravando problemas respiratórios como asma, bronquite e alergias. Ela é composta por partículas finas que flutuam e podem ser inaladas, causando irritação nas vias respiratórias.
Além disso, as correntes de vento que normalmente trazem umidade do Atlântico para o interior do continente estão agora carregando partículas de fumaça. Ao passar pela Amazônia, essas correntes de ar encontram frentes frias no sul do país, intensificando a concentração de fumaça em estados como Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
A situação é ainda mais grave nas cidades diretamente afetadas pelas queimadas. Regiões como Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília, Cuiabá e Porto Velho têm enfrentado baixa qualidade do ar. Imagens de paisagens encobertas pela fumaça têm viralizado nas redes sociais. Especialistas alertam que a contínua emissão de poluentes contribui para a intensificação do efeito estufa, reduzindo a capacidade da Amazônia de absorver carbono, o que agrava as mudanças climáticas.
A combinação de queimadas e tempo seco é uma receita perigosa para a saúde, especialmente para o sistema respiratório. A baixa umidade do ar desidrata as mucosas, facilitando a entrada de bactérias e agravando condições como rinite e sinusite.
Veja algumas dicas essenciais para proteger sua saúde:
Além disso, é importante ficar atento aos níveis de umidade. Quando o índice está entre 20% e 30%, é considerado estado de atenção. Já com níveis entre 12% e 20%, o alerta é maior, e abaixo de 12%, é considerado estado de emergência. Nessas condições, é essencial reforçar os cuidados com a saúde respiratória.
As queimadas no Brasil não apenas ameaçam o meio ambiente, mas também impactam diretamente a qualidade de vida da população. Por isso, é fundamental tomar precauções e se proteger adequadamente.
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