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O Espiritismo e a Cremação dos Corpos

Será realmente necessário aguardar um período para a cremação?

por Edson Sardano

Publicado em 02/09/2024, às 22h36

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Espiritismo com Edson Sardano - EDSON SARDANO
Espiritismo com Edson Sardano - EDSON SARDANO

                                                     O Espiritismo e a Cremação dos Corpos

                                 Será realmente necessário aguardar um período para a cremação?

Muitas pessoas têm restrições à prática da cremação por questões religiosas, razão pela qual, é recorrente a dúvida sobre a visão espírita ante a crescente demanda da sociedade por essa prática que, até sob o ponto de vista sanitário, é mais recomendável.

Para os espíritas, o corpo é uma ferramenta com prazo de validade, que deve ser respeitado e bem utilizado para o aprimoramento do espírito, que somos nós, uma vez que é por meio da vida física que evoluímos, aprendendo a conviver com o semelhante, a respeitar as diferenças, a superar dificuldades e desafios, a exercitar o amor, o perdão e a caridade, fundamentais para o processo evolutivo, que se dá obrigatoriamente no campo do espírito.

O espírito, no ato da reencarnação “carrega” o corpo com uma energia suficiente para as suas experiências na presente existência, de modo que quando essa energia se esvai, o corpo perece e o espírito volta à condição de desencarnado, ou seja: despido de carne.

O desencarnado, teoricamente, por não ter mais corpo físico, não tem também as correspondentes necessidades, mas como permanecemos muito presos às experiências e sensações materiais, ainda se observam necessidades fisiológicas, como alimentação, sono etc, coisas que os espíritos evoluídos superaram.

Nessa linha observamos também a presença de sensações desagradáveis quando do desenlace entre espírito e corpo, caso o “desencarnante” ainda esteja emocionalmente preso à matéria, o que é muito natural.

Há relatos de espíritos que sofrem com a inumação, com as sequelas de um acidente e, de forma mais acentuada, com a cremação.

Não se trata de dor física, pois não há mais um sistema nervoso ativo, mas de uma sensação perturbadora em razão da presença ainda de alguma energia, ou também do apego do espírito à vida física, o que em muitos casos dificulta até o afastamento do corpo, fazendo com que o espírito acompanhe e sofra com as consequências da inumação e da decorrente decomposição cadavérica, bem como com a cremação.

Por essa razão, e por medida de precaução e caridade, recomenda-se que, no caso da cremação, aguarde-se um período de 72 horas, para que o desenlace se efetive integralmente e o espírito possa seguir sua jornada na vida espiritual sem qualquer incômodo com o corpo deixado para trás.

Não é uma regra inflexível! O corpo morreu e o espírito não tem sistema nervoso como entendemos, susceptível de queimaduras e outros danos, porém o atrelamento emocional à experiência física, pode realmente causar profundo desconforto, razão pela qual, recomenda-se aguardar tal período, para dar uma maior oportunidade do total desligamento e evitar sofrimento à criatura que ora retorna à Pátria Espiritual.

Edson Sardano