“Quem sabe, o super-homem venha nos restituir a glória, mudando como um Deus o curso da história, por causa da mulher” Gilberto Gil
Espírito não tem sexo. Todos já ouvimos essa afirmação.
Vejamos bem: o espírito não é bissexual. Simplesmente não tem sexo, mas uma energia a ser canalizada no transcurso das encarnações, aí sim, em experiências biologicamente masculinas ou femininas.
Por essa razão, em função de vínculos do passado espiritual, pode haver maior identidade com este ou aquele sexo biológico, independente na natureza física do reencarnado, o que, grosso modo, poderia ser chamado de identidade sexual, não necessariamente correspondente ao corpo biológico, mas dentro da moralidade perante os postulados doutrinários.
O Cristo disse: “meus discípulos se conhecerão por muito se amarem” e é isso o que importa! O amor ao próximo e a si próprio, o que se concretiza em uma conduta ética e amplamente respeitosa. Independentemente disso, cabe salientar que cada experiência no campo do sexo oferece diferentes oportunidades, e não resta dúvida que a energia feminina possui um componente de acolhimento e tolerância capazes de induzir grandes transformações sociais sem um grito, um tapa ou um tiro sequer, situações estas tão presentes quando o protagonista é o homem.
Até o Cristo, criatura mais evoluída que já esteve entre nós, deixou uma imagem viril, sendo que sua mãe, Maria, é lembrada pela doçura e afabilidade, não raras vezes “invocada” para interceder por nós.
“A mulher é o médium de Deus”, como já disse Divaldo Franco, mas não só a mulher, e sim todos aqueles que buscarem no fundo da alma a feminilidade que suaviza as asperezas do dia a dia e abre as portas para a tolerância, tão necessária nos dias de hoje.
Valorizar a condição feminina é valorizar a vida e não se trata de nenhum privilégio. Com sorte, ou melhor, com mérito, todos passaremos pela experiência feminina, passaporte quase que único para um plano melhor.
Agora há pouco, no mês de março, quando homenageamos as mulheres, nunca é demais enaltecer o papel que lhes foi reservado na Criação, muito embora não único, mas dar à luz é sem dúvida o que mais nos aproxima de Deus, que escolheu a mulher para acolher Seus filhos no processo de evolução a que todos estamos submetidos pela única e gratificante via da reencarnação.
Deus abençoe as mulheres!
