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Dinheiro / VIDA FINANCEIRA

Quatro anos do Pix, a ferramenta que transformou as transações do país

Em 2020, o Banco Central lançava o Pix para facilitar a vida dos consumidores; depois de quatro anos, a ferramenta tornou-se indispensável

Ana Mota
por Ana Mota

Publicado em 21/11/2024, às 13h00

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Quatro anos de Pix, o recurso que mudou a vida dos consumidores - Marcelo Casal Jr./Agência Brasil
Quatro anos de Pix, o recurso que mudou a vida dos consumidores - Marcelo Casal Jr./Agência Brasil

Completando quatro anos desde seu lançamento, em novembro de 2020, o Pix se consolidou como uma ferramenta fundamental para os brasileiros, mudando a maneira como as pessoas realizam e recebem pagamentos. Criado pelo Banco Central, o recurso permite transações rápidas e sem custos. Portanto, os quatro anos do Pix deixam evidente que o meio de pagamento revolucionou as transações financeiras no país.

A popularidade é clara: até outubro de 2024, mais de 142 milhões de brasileiros adotaram o Pix como forma principal de pagamento, movimentando mais de R$ 1,3 trilhão em setembro de 2024, conforme dados do Banco Central.

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De acordo com o advogado especializado em Direito Bancário, Rafael Guazelli, o Pix representa um grande avanço para a inclusão financeira e a economia digital no Brasil. “O Pix transformou o sistema de pagamentos no país, principalmente ao democratizar o acesso a serviços bancários e reduzir a dependência do uso de dinheiro físico”, afirma Guazelli. Ele destaca que a agilidade e a gratuidade do sistema tornam as transações mais eficientes, beneficiando especialmente pequenos comerciantes e consumidores em geral.

O Pix também se espalhou rapidamente pelo setor comercial. Lojas de todos os tipos, desde o comércio local até grandes e-commerces, passaram a adotar o sistema para facilitar os pagamentos. A rapidez do Pix, juntamente com a confirmação instantânea dos pagamentos, melhorou a experiência de compra e trouxe mais eficiência no fluxo de caixa de empresas de todos os tamanhos. O Sebrae aponta que cerca de 71% dos pequenos empreendedores no Brasil utilizam o Pix, tornando-o uma opção popular para pagamentos rápidos e de baixo custo.

“A simplicidade do Pix permite que o consumidor finalize sua compra de maneira prática e segura, sem precisar de cartões ou dinheiro físico”, comenta o especialista.

Quatro anos do Pix e muitos desafios 

Com o crescimento do uso do Pix, surgiram também desafios, especialmente no que diz respeito à segurança. O aumento das fraudes, como golpes por meio de links falsos (phishing) e o uso do Pix em sequestros-relâmpago, foi notado à medida que mais pessoas começaram a utilizar o sistema.

Dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública revelam que, em 2023, os crimes digitais aumentaram 18%, com uma parte significativa desses casos envolvendo fraudes em transações financeiras, incluindo o Pix.

Guazelli explica que, apesar dos riscos, o Pix é um sistema seguro, que utiliza tecnologia de criptografia para proteger as transações. “O Pix é uma ferramenta segura, mas, como qualquer sistema financeiro, seu uso responsável é essencial. É importante evitar clicar em links suspeitos e sempre verificar a identidade do destinatário antes de realizar qualquer transação”, orienta. O Banco Central também implementou medidas de segurança, como o limite de transações à noite, para combater crimes realizados em horários de maior risco.

Diante do aumento das fraudes, o Banco Central recomenda que os usuários adotem medidas adicionais de segurança, como o uso de senhas fortes e a ativação da autenticação em duas etapas nos aplicativos bancários. “A prevenção é sempre o melhor caminho. Não é apenas a tecnologia que protege o usuário, mas também o comportamento responsável no uso do Pix”, alerta o advogado.

Além disso, o sistema de devolução de valores do Banco Central permite que os usuários recuperem valores em casos de fraudes comprovadas, oferecendo uma camada extra de proteção. “Essa medida aumenta a confiança no Pix e mostra o compromisso das autoridades em melhorar o sistema e minimizar prejuízos para os usuários”, afirma Guazelli.

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Qual o futuro do Pix?

Em quatro anos do Pix, a ferramenta tem se mostrado uma adesão crescente, e especialistas acreditam que o sistema continuará a evoluir nos próximos anos. Em 2023, o Banco Central registrou uma média de 26 milhões de transações diárias realizadas via Pix, um número que reflete a aceitação e a eficiência do recurso.

“O crescimento do Pix tem sido exponencial para um sistema que foi lançado há tão pouco tempo”, observa Guazelli. Ele acredita que o Pix Garantido, um novo recurso que permitirá pagamentos parcelados, tornará o sistema ainda mais competitivo, ampliando o uso do Pix em transações de maior valor. A introdução de novas funcionalidades também deve expandir o impacto do Pix na economia brasileira, incentivando tanto o consumo quanto a digitalização de processos financeiros.

Neste contexto, é evidente que os quatro anos do Pix marcam apenas o começo de uma revolução no sistema de pagamentos no Brasil, e sua evolução promete transformar ainda mais o cenário financeiro do país. A cada ano, a ferramenta se adapta às novas necessidades dos consumidores e comerciantes, consolidando-se como uma peça chave no futuro das transações bancárias e financeiras.

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