Transações por Pix tiveram um aumento de 61% no primeiro semestre em comparação com o mesmo período de 2023; entenda mais sobre a atualização
Publicado em 22/10/2024, às 17h00
Não dá para negar que o pagamento por Pix se popularizou rapidamente e, hoje, a modalidade tornou-se indispensável no dia a dia. Por isso, desde que foi implementado, o Pix se modernizou para tornar-se uma ferramenta ainda mais prática para os usuários. Tanto que, em 2025, está previsto para o Banco Central do Brasil (BCB) lançar o Pix Automático, mas alguns bancos já têm implementado a atualização.
Dados da Febraban (Federação Brasileira de Bancos) mostram que as transações realizadas via Pix tiveram uma alta de 61% no primeiro semestre de 2024 na comparação com o mesmo período do ano anterior. Foram R$ 29 bilhões transacionados no primeiro semestre deste ano. O número, inclusive, superou as outras formas de pagamento como cartões de crédito, débito, pré-pago, boleto, TED e cheque.
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O BCB se prepara para dar um novo avanço na modalidade e lançar o Pix Automático em junho de 2025. Este recurso visa simplificar o pagamento de contas recorrentes, eliminando a necessidade de acessar o aplicativo bancário mensalmente para efetuar pagamentos.
Instituições financeiras como o Banco do Brasil e o Santander já estão em fases iniciais de implementação e testes dessa tecnologia. O Banco do Brasil está conduzindo um projeto piloto que, atualmente, abrange um grupo limitado de correntistas. Segundo a instituição, essa etapa preliminar tem como objetivo coletar dados essenciais para aprimorar a experiência tanto dos recebedores quanto dos pagadores.
O Banco do Brasil planeja expandir o serviço gradualmente a partir de novembro, aguardando que o BCB libere o sistema para todas as instituições envolvidas no ecossistema Pix. De forma similar, o Santander pretende disponibilizar o Pix Automático para clientes individuais e empresariais ainda em novembro. No entanto, neste estágio inicial, as transações estarão restritas ao ambiente interno do banco.
Outras instituições financeiras também se mobilizam para integrar esta novidade em seus sistemas. O Itaú anunciou que está desenvolvendo a solução internamente e planeja iniciar testes com clientes no início de 2025, inicialmente restringindo o serviço a transações entre contas do próprio banco. A Caixa Econômica Federal indicou que seguirá rigorosamente o cronograma estabelecido pelo BCB.
Enquanto isso, bancos digitais como C6 Bank e Nubank estão nos estágios preparatórios para implementar essa funcionalidade, embora ainda não tenham divulgado detalhes específicos sobre seu lançamento. O PicPay destaca já oferecer funcionalidades similares para agendamento automático de pagamentos, mas não detalhou como integrará o Pix Automático em suas operações futuras.
O adiamento do lançamento do Pix Automático, anteriormente previsto para outubro de 2024, sublinha a complexidade e importância deste desenvolvimento no setor financeiro. Este novo recurso permitirá aos usuários configurar pagamentos automáticos para serviços essenciais, tais como contas de luz, água, telefone e streaming, sem necessitar de acordos diretos entre as empresas emissoras das faturas e os bancos.
É importante distinguir entre o Pix Automático e o Pix Agendado Recorrente: enquanto o primeiro requer que os dados de pagamento sejam fornecidos por uma pessoa jurídica e ocorre com autorização prévia em base recorrente, o segundo permite que o pagador defina os parâmetros das transações recorrentes, aceitando recebedores tanto pessoas físicas quanto jurídicas.
O movimento estratégico em torno do Pix Automático reflete um esforço contínuo para modernizar e facilitar as transações financeiras no Brasil, promovendo maior conveniência e eficiência no pagamento de contas recorrentes através da plataforma Pix.
Outra novidade é o Pix por aproximação, que deve ficar disponível em breve por meio da carteira digital do Google.
O Banco do Brasil já lançou o Pix por aproximação em parceria com a Cielo. Agora, quem é correntista do banco já pode fazer compras aproximando o celular da maquininha em estabelecimentos que já foram habilitados. Entretanto, por ser um programa piloto, o serviço estará disponível apenas para um grupo selecionado de correntistas, em Brasília e São Paulo.
Para pagamentos de até R$ 200, os clientes terão que abrir o aplicativo do BB, clicar em 'Pix por aproximação' e fazer a autenticação no app. Valores superiores a R$ 200 solicitarão senha, a mesma já utilizada na realização do Pix tradicional.
Oficialmente a funcionalidade deve ser inaugurada em todo o país a partir de fevereiro de 2025.
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A partir do dia 1 de novembro, novas regras e limites para Pix também passam a vigorar para aumentar a segurança das transações. Dispositivos em que nunca foi realizada uma transferência com o método de pagamento terão limitação de R$ 200 por Pix e máximo diário de R$ 1 mil.
Com isso, a ideia é inibir que golpistas façam transações usando algum dispositivo novo de uma vítima. Será, portanto, necessário que, para fazer transações de valor alto, o usuário faça um cadastro prévio na instituição financeira.
Segundo o Banco Central, essa medida impede que, mesmo com login e senha da vítima, golpistas realizem transações de valores altos a partir de um celular ou computador novo de uma vítima.
Dessa forma, quem decidir comprar um novo aparelho, mudar de número, ou usar uma nova chave Pix, precisará fazer um cadastro na instituição financeira que utiliza. A novidade só vale para dispositivos novos a serem acessados e não para smartphones e dispositivos que já são usados para transações de pix.
Para o planejador financeiro Idean Alves, as medidas são fundamentais para aumentar a segurança do usuário e a confiança em relação ao meio de pagamento.
“O principal objetivo das medidas é de fato aumentar a segurança para beneficiar o usuário. É assim que se reduz também o número de ações criminosas relacionadas ao Pix. Então é uma grande vitória para o usuário, sem dúvidas”, afirma Idean.
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