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Comportamento / Filhos

Como agir quando seu filho diz que odeia você

Crianças precisam de ajuda, inclusive para entender e nomear o que realmente sentem

Monica Romeiro* Publicado em 04/11/2022, às 16h20

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Saiba o que fazer em uma situação dessas - Pixabay/ Waldryano
Saiba o que fazer em uma situação dessas - Pixabay/ Waldryano
“Meu filho disse que me odeia. Fiquei arrasada e sem saber como lidar com isso. Me ajuda!” - J.G., por e-mail.

É impossível não se sentir péssima, afinal nos doamos tanto para criar nossos filhos, e de repente, eles parecem sentir ingratidão. Mas você sabe o que realmente seu filho quer dizer? Entenda que a cabeça de uma criança é mais inocente, sem todas aquelas cargas emocionais complexas dos adultos. Então, ao discutir com ela, não podemos falar de igual para igual. 

Crianças precisam de ajuda, inclusive para entender e nomear o que realmente sentem. E quando reagimos de forma ainda mais brava, perdemos a oportunidade de ouvir nossos filhos e ajudá-los a entender seus sentimentos. Outro fato: se a criança perceber que uma frase “ruim” a deixou desnorteada, as variantes dela também serão usadas. Vira um contra-ataque certeiro, ainda mais se ela sente-se recompensada com carinhos extras após dizer frases como “quero que você morra”, “eu não queria ter nascido” e outras que parecem rasgar os corações maternos. 

Como reagir a essa situação? Entender que seu filho não te odeia e ajudá-lo a nomear a raiva que sente: “Eu sei que você está com raiva, mas não gostei do que ouvi. Fale o que está sentindo de outra forma e, assim, poderei ajudar você”. Explique as razões da bronca e sobre comportamentos aceitáveis e não aceitáveis. Há valores que não são negociáveis e deixá-los claro é fundamental. 

Agora, se você está sem chão, é hora de se afastar, refrescar a cabeça e só depois retomar o assunto. Nunca condicione seu amor ao bom comportamento dele. Sim, nós podemos ficar magoadas com nossos filhos, mas isso não diminui o amor que sentimos por eles, e é importante que saibam disso e entendam que o mesmo pode acontecer com eles. Ensine seu filho a falar sobre o fato ou situações que ele odeia, e não sobre odiar pessoas.

TENHA AUTOCONTROLE

Sua linguagem não verbal são suas expressões faciais, físicas, o tom e o volume de voz. Evite cruzar os braços (autoproteção, defesa), colocar as mãos no quadril (atitude agressiva) ou falar rápido demais. Não grite e mantenha sua expressão facial a mais neutra possível. Seu autocontrole irá ensinar mais a seus filhos que suas palavras ou atos.

MANTENHA A CALMA

Ao ouvir a fatídica frase ‘Eu te odeio’, respire fundo, conte até dez antes de dizer qualquer coisa. Não responda ao insulto com outro insulto, pois isso só ensinará ao seu filho que a maneira de lidar com um ataque é contra-atacar.

*MONICA ROMEIRO@almanaquedospais e youtube.com/almanaquedospais Conselheira maternal, criadora do canal Almanaque dos Pais e autora do livro ‘Vem cá me dar Um abraço’.