Entenda o que é a "não evolução da gestação", caso vivido por Sabrina Sato, e quais são as possíveis causas que podem levar a essa interrupção
A apresentadora Sabrina Sato perdeu o bebê que esperava com o ator Nicolas Prattes nesta terça-feira (5). Sabrina estava na 11ª semana de gestação quando sofreu a interrupção. O caso foi confirmado pelo Hospital Israelita Albert Einstein, que explicou que a apresentadora teve alta hospitalar no dia seguinte, 6 de novembro, após a constatação da “não evolução da gestação”.
A notícia comoveu muitos de seus fãs e amigos, e a seguir, vamos entender melhor o que significa esse termo técnico e o que pode ter causado essa situação, confira.
A "não evolução da gestação" ocorre quando, mesmo após o início da gravidez, o desenvolvimento do embrião ou do feto para de acontecer. Essa interrupção pode acontecer logo nas primeiras semanas, após o embrião ou o saco gestacional se formarem. No entanto, após essa fase inicial, a gestação simplesmente não evolui, o que pode levar à perda do bebê.
A interrupção normalmente ocorre antes do período perinatal, ou seja, antes que o embrião ou o feto possa sobreviver fora do útero materno. Um tipo comum de "não evolução da gestação" é a gestação anembrionada, que ocorre quando não há formação do embrião, apenas do saco gestacional. Essa condição é responsável por cerca de 50% dos casos de aborto espontâneo e afeta de 1% a 3% de todas as gestações.
Por isso, é importante iniciar o acompanhamento pré-natal o quanto antes. Isso ajuda a detectar patologias maternas ou fetais de forma precoce e também orienta sobre o possível desejo de uma nova gravidez no futuro.
A principal causa da "não evolução da gestação" está relacionada a problemas genéticos no embrião ou feto. Alterações nos cromossomos do embrião são uma das causas mais comuns. Pois, às vezes, o material genético não se desenvolve corretamente, o que impede a continuidade da gravidez. Desequilíbrios hormonais ou problemas no desenvolvimento embrionário podem ser fatores adicionais.
Problemas de saúde maternos, fatores anatômicos da mãe e infecções também podem contribuir para a interrupção da gestação. Em alguns casos, pode haver uma combinação de causas, o que torna o diagnóstico mais complexo.
Apesar da interrupção da gestação, é possível que testes de gravidez, como os de farmácia ou o exame beta-HCG, ainda deem positivo. Isso acontece porque o beta-HCG é produzido pelo tecido sensível do trofoblasto (a massa formada após a fecundação), mas sua produção não garante que a gestação vai se desenvolver. Por isso, o exame beta-HCG deve ser monitorado ao longo do tempo para avaliar a evolução da gravidez.
Nos casos de "não evolução da gestação", os níveis de beta-HCG não aumentam de maneira progressiva, e em alguns casos podem até diminuir. O exame de ultrassom, realizado a partir da sexta semana, também pode ajudar a detectar o quadro. Se o ultrassom mostrar apenas o saco gestacional e não houver mais evolução, como o embrião, isso indica que a gestação não está avançando.
No entanto, em gestações muito iniciais, essas características podem não ser visíveis na ultrassonografia, o que exige exames seriados para confirmação. A análise precisa ser feita por um médico especializado, que avaliará todos os sinais para confirmar o diagnóstico.
O caso de Sabrina Sato nos lembra da complexidade e da fragilidade da gestação, e também da importância de acompanhamento médico contínuo para a saúde da mãe e do bebê. Mesmo em situações difíceis, é fundamental entender o que está acontecendo para seguir com o cuidado adequado e o apoio necessário.
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