AnaMaria Testa: experimentamos 6 tipos de séruns para pele diferentes - Ana Mota
CUIDADOS COM A PELE

Funciona no skincare? Testamos 6 tipos de séruns para pele

A indústria de beleza tem apostado cada vez mais em novos tipos de séruns para pele, mas será que eles funcionam? Confira nossa resenha

Ana Mota Publicado em 09/08/2024, às 09h00

Desde que uma esteticista me contou que perdemos 1% de colágeno a cada ano depois dos 25, comecei a me atentar mais aos cuidados com a pele. Por isso, venho testando alguns tipos de séruns diferentes para ver os efeitos deles na minha pele a curto prazo, mas sempre pensando em evitar manchas, linhas de expressão e problemas no futuro.

O sérum é um produto de textura leve, fácil de espalhar e com rápida absorção. Por ser um líquido fluido e não gorduroso, tende a agradar as peles brasileiras diante do clima tropical que temos por aqui. Essas simples e eficientes características permitem que poucas gotas já sejam suficientes para uma aplicação uniforme e uma ação eficaz.

Neste cenário, a indústria da beleza tem apostado cada vez mais em diferentes tipos de séruns - com os mais variados preços. É possível encontrar versões com ácido hialurônico, niacinamida, vitamina C, para os olhos e por aí vai.

Eu, Ana Mota, repórter de beleza da AnaMaria, testei alguns tipos de séruns disponíveis no mercado brasileiro e te conto a seguir as minhas impressões.

Creamy

A Creamy é uma marca brasileira e tem vários produtos dermatológicos em seu catálogo. Um deles é o sérum hidratante (R$ 59,90), que possui três tipos de ácidos hialurônicos combinados com o ácido poliglutâmico. Essa fórmula promete um poderoso efeito hidratante para agir em todas as camadas da pele.

Eu tenho o costume de "caprichar" mais no skincare durante a noite, quando tenho mais tempo. Nas minhas experiências, apliquei sempre após lavar o rosto com um sabonete facial e secar.

Diferente dos outros séruns do mercado, o da Creamy é vendido em uma embalagem do tipo bisnaga, de cor azul, com 30 ml. Isso pode dificultar o uso ao longo do tempo, já que não é possível ver quanto resta no frasco.

Quanto ao produto em si, ele é bem fluido, leve e fácil de espalhar - o que se espera de um sérum. Ele leva um certo tempinho para secar na pele, mas não muito mais de três minutinhos.

Nos dias seguintes às experiências de uso, a pele estava com aspecto macio e aveludado, mas não necessariamente hidratada - acredito que para isso seja necessário um uso mais contínuo - diferente de outros produtos que já usei da marca e avalio serem mais eficientes quanto à hidratação praticamente instantânea.

Nupill

Eu não conhecia esta marca brasileira, mas tive uma grata surpresa inicialmente. Testei o Sérum facial Nupill Nano Niacinamida (R$ 49,90), que promete benefícios como hidratar, reduzir vermelhidão e sinais de envelhecimento, combater aos radicais livres, além de ajudar na síntese do colágeno.

Ele é vendido na embalagem tradicional de conta-gotas dos séruns, em 30 g. Ela também não é transparente, sendo ruim para verificar quanto resta de produto no frasco.

Também fiz meus testes durante a noite, antes de dormir, com a pele limpa e seca. Não achei que espalha com facilidade, embora isso não seja um grande problema pra mim. Ainda assim, ele é leve, mas não como uma água. Além disso, percebi que ele é absorvido rapidamente na pele, mas deixa a sensação de ressecada. Ou seja, ao falar, sorrir ou fazer qualquer outro movimento no rosto, parece que a pele está sendo repuxada, como se eu estivesse usando uma máscara.

Nos dias seguintes aos testes, senti minha pele bem macia, firme e mais brilhosa - acredito ser o efeito de ajudar na síntese de colágeno. Para mim, seria perfeito, se não fosse o repuxar da pele logo após o produto secar.

Vizzela

A Vizzela também é uma marca brasileira que tem inúmeros produtos em seu catálogo e tem apostado cada vez mais no segmento de skincare. 

Um dos produtos que eu testei da marca foi o Skin Serum Radiance (R$ 59,90) . Ele tem a promessa de promover a hidratação e luminosidade da pele. Possui gatuline radiance, niacinamida e colágeno vegetal na fórmula. Também é vendido em uma embalagem conta-gotas transparente, de 34 ml.

Diferente dos testes anteriores, esse eu preferi testar antes da maquiagem, como um primer. Isso porque achei que por ser perolado e promover luminosidade, ele daria um efeito interessante na make. Não estava errada.

Eu gostei bastante porque a maquiagem ficou intacta em um dia inteiro de muito calor, ou seja, segurou toda a oleosidade da pele. Além disso, manteve o aspecto “brilhoso”, iluminado e hidratado.

Ele não tem cheiro e não é muito fluido. Portanto, a espalhabilidade não é das melhores. Tem que espalhar um pouco mais para a pele não ficar branca. Mas é bem nítido as partículas de brilho que ficam - nada muito exagerado.

The Body Shop

Pelo nome em inglês já dá para perceber que se trata de uma marca internacional. A The Body Shop é inglesa e chegou ao Brasil em 2014. Desde então, ela tem conquistado o mercado brasileiro, ainda que os preços não sejam lá dos mais baratos e algumas embalagens tenham todo o descritivo em inglês.

Testei o Sérum The Body Shop Concentrado Edelweiss (R$ 269,90), de 50ml - o tamanho realmente me surpreendeu. A marca afirma que ele promove pele fortalecida, macia e hidratada, além de melhorar a aparência de linhas de expressão e rugas, e proteger contra a poluição.

A primeira impressão, sem dúvidas, é o cheiro super gostoso e leve. Parece um perfume mesmo e não irrita a pele ou os olhos. A gota deste sérum é mais espessa e não muito translúcida. Ele espalha muito bem e absorve bem rápido. Minha única queixa é que, quando seca, ele também fica com a sensação da pele estar repuxando, mas bem menos que o Nupill. Eu diria que é algo que não me incomodou muito no uso.

No dia seguinte ao uso, senti a pele macia e com aspecto viçoso. Ou seja, ficou iluminada na medida certa, sem brilho em excesso. Gostei bastante de como ficou.

Para olhos

Como disse anteriormente, a indústria tem apostado em diversos tipos de séruns. Um deles é o para a região dos olhos. Aqui, testei dois: um da Vizzela e outro da The Body Shop.

O Eye Serum da Vizzela (R$ 49,90) é em forma de bastão, com 6,5 ml de conteúdo. A aplicação é realizada por meio de uma esfera de metal que tem na ponta. Ela é geladinha para ativar a circulação da área dos olhos na hora de aplicar o sérum. Além disso, não é necessário usar os dedos para espalhar, o que torna o uso ainda mais prático.

Eu gostei, achei que o aspecto hidratado ficou nítido na região dos olhos, até mesmo no frio - nesta época, costumo ficar com a região dos olhos bem seca, a ponto de coçar bastante, mas isso não ocorreu diante do uso desse produto, o que demonstra sua eficiência. Só não gostei mais porque não vi diferenças significativas nas minhas olheiras.

O Sérum Iluminador Área dos Olhos de Vitamina C da The Body Shop (R$ 199,90) foi interessante. Embora eu conheça os benefícios dessa substância, eu nunca cogitei usá-la na região dos olhos, muito menos com efeito iluminador. Possui ainda cafeína e ácido hialurônico na fórmula.

Ele vem em uma embalagem conta-gotas. Neste caso, acredito que esse tipo de aplicação seja ruim porque cai muito ou pouco produto se você aplicar diretamente no rosto. Mas não é algo que inviabiliza o uso, já que é possível aplicar no dedo e, então, na área dos olhos.

Este sérum é leve, não é translúcido e a gota é branca - diferente por ser uma vitamina C. Ele é fácil de espalhar e, realmente, deixa uma camada perceptível e luminosa na pele, sem a sensação pegajosa. Entretanto, acredito que usar somente ele ou combinado com outro sérum pode ser “estranho”. Isso porque apenas a área dos olhos fica brilhosa, se destacando mais que o restante do rosto.

Mesmo assim, achei o resultado eficiente no quesito hidratação, mas também não consegui ver resultados expressivos para melhorar as olheiras - talvez porque não fiz o uso contínuo de quatro semanas, como indica a marca.

Vale a pena?

Sim, vale a pena ter um sérum incluído na rotina de skincare. Por ser um produto de textura leve e de absorção rápida, ele se torna um produto muito mais interessante para os dias de calor - que têm sido intensos. Acredito que a escolha depende muito do efeito que você deseja para sua pele e o valor que está pretende gastar.

Os preços são variados e alguns tendem a ser bem salgados. É um produto que rende bastante, dependendo da quantidade do uso diário - se você vai usar uma ou duas vezes por dia, por exemplo. Algumas gotas já são suficientes para espalhar no rosto todo.

Acredito que o sérum é um produto interessante para ter, mas não completamente essencial. Se você tem um creme ‘queridinho’ para hidratar a pele, não precisa de um sérum. Agora, se você busca algo novo para sua rotina, que vá contribuir para evitar manchas e linhas de expressão, vale a pena buscar e experimentar um que atenda às suas necessidades.

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AnaMaria Testa sérum para pele

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