Marcius Melhem é considerado réu em processo que envolve acusações de três mulheres
Publicado em 10/09/2023, às 20h34
Marcius Melhem revelou ter pensado em suícidio por conta das acusações de assédio que enfrenta há três anos. O humorista, considerado réu desde o mês passado, quando a Justiça acatou a denúncia do Ministério Público, afirma não ter tentado contra a própria vida, mas precisou entender mais o assunto.
“Não estive perto [de se matar]. Mas é uma dor que não passa. Você quer gritar para o mundo que não é aquela pessoa, que não fez aquilo, que tem provas. Mas ninguém quer te ouvir”, refletiu o ex-Globo à colunista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo, antes de falar sobre o tratamento com profissionais.
Melhem chegou a pesquisar na internet métodos comuns de suícidio. Ele, então, decidiu fazer terapia todos os dias, alternadamente, com uma psicóloga e uma psiquiatra: "Eu comecei a entender como funciona a mente de um suicida. E começa a entender, 'é por isso que as pessoas se matam".
O comediante será julgado sob três acusações: das atrizes Carol Portes e Georgiana Góes, e uma editora da TV Globo, que preferiu preservar sua identidade. Outras oito denúncias - incluindo a de Dani Calabresa - prescreveram, segundo a protomoria do caso.
Melhem, no entanto, reforça sua inocência, afirma ser alvo de vingança e não teme ser condenado, o que consideraria um "absurdo completo": "As oito que me acusam são amigas, se conhecem, são de um mesmo grupo. Fica escancarado que houve uma combinação".
Os pensamentos suicidas, segundo o próprio, vieram do sentimento de impotência deixado pelo caso. Ele afirma já ter provado que Dani Calabresa, uma das primeiras mulheres a revelar o caso, mentiu nas acusações, mas continua enfrentando as consequências do suposto ato criminoso.
"É por isso que me dá desespero. Eu vejo que a coisa não para. Quantas mentiras eu tenho que provar para encerrar esse caso?", lamenta Marcius, que continua: "O que fizeram comigo foi desumano. Uma execração pública sem nenhuma prova, sem nenhum nome. É uma covardia muito cruel".
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