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Dinheiro / PAIS DE PRIMEIRA VIAGEM

Educação financeira: como se preparar para a chegada do bebê?

Especialistas dão dicas de como o casal deve se organizar financeiramente para não entrar no vermelho na hora de ter um filho

Confira dicas de como preparar o orçamento familiar para a chegada do bebê - Unsplash
Confira dicas de como preparar o orçamento familiar para a chegada do bebê - Unsplash

No Brasil, a maior parte da população está optando por ter filhos cada vez mais tarde. Segundo o último estudo da Pesquisa de Estatísticas do Registro Civil, conduzido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 34,5% das mulheres que se tornaram mães, em 2022, têm mais de 30 anos, enquanto as com 40 anos ou mais representam 4%. O principal motivo para essa decisão é a vida financeira, afinal, como se preparar para a chegada do bebê?

As pessoas estão mais interessadas no desenvolvimento pessoal e no profissional, além de uma busca maior por estabilidade financeira. De acordo com o estudo Sonhos Brasileiros 2024, do Grupo Croma, economizar está no imaginário de quase um terço dos brasileiros. Mais da metade dos entrevistados da Classe A (51%) está focada em aplicar dinheiro e fazer mais investimentos, enquanto a Classe B se mostra preocupada em complementar a renda com outra atividade e economizar (36%); a Classe C (21%), por sua vez, está interessada em limpar o nome.

LEIA:Quer começar a investir do zero? Guia do mercado financeiro para iniciantes

A preocupação em relação à situação financeira é condizente na hora de se ter um filho, já que os gastos são elevados. Para Flávio Menezes, contador e gerente de controladoria da Multimarcas Consórcios, é recomendado que casais reservem até 30% da renda mensal para eventuais gastos.

O especialista revela que os meios para criar um filho, até os os 18 anos, podem variar de acordo com a renda dos pais. Por exemplo, se o casal ganhar aproximadamente dois salários mínimos por mês, o investimento em um filho será superior a R$ 180 mil. Se ganhar R$ 6 mil, será em torno de R$ 388 mil. Por fim, o casal que possui uma renda superior a R$15 mil mensais, o valor pode chegar até R$ 972 mil.

Para Fernando Lamounier, educador financeiro e diretor da Multimarcas Consórcios, a comunicação e o planejamento financeiro são as chaves para a segurança familiar. “É necessário que haja uma comunicação aberta sobre o assunto. Para isso, é preciso elencar não apenas os gastos médicos ou que precedem a chegada do bebê, mas aqueles que irão ocorrer conforme o crescimento do filho, com educação, alimentação, lazer, entre outros pontos”, diz à AnaMaria.

Lamounier, de forma simplificada, mostra como fazer para que os pais de primeira viagem não se desesperem e mantenham uma vida financeira saudável. Veja a seguir como se preparar para a chegada do bebê!

PREVEJA GASTOS COM ANTECEDÊNCIA

O casal deve fazer uma lista de despesas que esteja atualizada antes da chegada do bebê. Quais são as necessidades pertinentes e quais podem ser dispensadas? O recomendado é que os pais reservem até 30% dos seus rendimentos mensais para despesas com a criança. Um dos maiores gastos nesta fase ocorre com médicos, caso não tenha plano de saúde.

FAÇA A ORGANIZAÇÃO FINANCEIRA FAMILIAR

Despesas chegarão e com elas as dúvidas quanto às saídas do orçamento. Anote todos os gastos para analisar quanto de dinheiro está saindo do planejamento. Essas anotações devem incluir contas fixas e gastos supérfluos, seja em caderno ou em planilha. Faça constantemente.

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PESQUISE PREÇOS

Faça uma análise do que mais se encaixa no orçamento. Entre os custos prováveis, estão: plano de saúde, vacina, berço, cômoda, armário, decoração, roupas de recém-nascidos; carrinho e até bebê conforto. Há várias lojas de produtos usados que auxiliam a enxugar verbas destinadas ao enxoval e a outros produtos. Doações de familiares e amigos também ajudam nessa fase.

RESERVA DE EMERGÊNCIA

Com a chegada de um filho, ocorrem mudanças na rotina. Para isso, deve-se criar uma reserva para cobrir, inicialmente, os possíveis gastos dos próximos três a seis meses. Quanto mais incertas forem as entradas monetárias, maior deve ser o montante guardado.

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Além da reserva de emergência, é necessário já começar a pensar na educação. O último levantamento do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) revelou que as mensalidades tiveram um aumento médio de 4,98% em fevereiro, com variações que chegam a 8,05% para a pré-escola e 8,24% para o ensino fundamental. Ou seja, se houver disponibilidade, realize uma retenção orçamentária para pagar escola e faculdade.

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