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Dinheiro / E DÁ MULTA, HEIN?

Como funciona pedágio sem cancela? 8% dos motoristas não pagaram tarifa

Conheça o funcionamento do pedágio sem cancela, suas vantagens e os desafios relacionados ao pagamento e a evasão

Guilherme Giagio
por Guilherme Giagio

Publicado em 27/11/2024, às 14h50

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Pórtico de pedágio sem cancela utiliza sensores e câmeras para registro e cobrança automática. - Foto: Divulgação/EcoNoroeste
Pórtico de pedágio sem cancela utiliza sensores e câmeras para registro e cobrança automática. - Foto: Divulgação/EcoNoroeste

O sistema de pedágio sem cancela, conhecido como pedágio free flow, já opera em rodovias brasileiras desde 2023. Ainda assim, muitos motoristas ainda têm dúvidas sobre o modelo, que estreou na BR-101, que tem mais de 4,8 mil quilômetros de extensãO e liga a cidade de Touros (RN) com São José do Norte (RS).

Prova disso é o número de evasão registrado: de acordo com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), 8% dos motoristas não pagaram a tarifa na rodovia. Na BR-101, os pontos de pagamento ficam Itaguaí, Mangaratiba e Paraty, todas no litoral sul do estado do Rio de Janeiro.

Os dados do órgão reúnem todos os veículos que passaram nos locais de pedágio sem cancela de março de 2023 a setembro de 2024. O levantamento não é capaz de explicar o motivo da inadimplência. Esquecimento, vontade própria ou falta de conhecimento?

De qualquer forma, não pagar o pedágio sem cancela é considerado evasão de pedágio. De acordo com o artigo 209-A do Código de Trânsito Brasileiro, a multa é de R$ 195,23, além de cinco pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH)

Como funciona o pedágio sem cancela?

O modelo surge como uma alternativa mais eficiente e moderna para a cobrança de tarifas. Diferentemente dos modelos tradicionais, o free flow não utiliza barreiras físicas ou atendentes. Sensores e câmeras são instalados em pontos estratégicos da estrada para registrar a passagem dos veículos, cobrando automaticamente a tarifa de acordo com a identificação das placas.

Esses equipamentos possuem sensores e câmeras que leem as placas dos veículos ou identificam tags eletrônicas, como o Sem Parar ou ConectCar. A cobrança é feita automaticamente, com a tarifa descontada diretamente de contas cadastradas ou enviada posteriormente para pagamento.

A tarifa é calculada com base na distância percorrida, o que significa que motoristas pagam apenas pelo trecho utilizado. Essa característica o diferencia do pedágio tradicional, que cobra valores fixos independentemente do uso .

Como pagar o pedágio sem cancela?

O pagamento no sistema de pedágio sem cancela pode ser feito de três maneiras principais:

  • Tags eletrônicas
    Essa é a opção mais prática. As tags eletrônicas garantem a leitura automática nos pontos instalados nas rodovias, e o valor da tarifa é debitado diretamente da conta vinculada ao serviço, simplificando o processo para quem trafega com frequência.

  • Cadastro prévio de placas de veículos
    É possível cadastrar a placa do veículo em plataformas digitais disponibilizadas pelas concessionárias responsáveis pelo pedágio. O pagamento pode ser feito antecipadamente ou após a passagem, dependendo da política da operadora. 

  • Cobrança posterior
    Na cobrança posterior, o motorista deve entrar no site ou aplicativo das responsáveis pela rodovia para o acompanhamento de tarifas ou alertas de cobranças. Na BR-101, basta acessar o site, colocar a placa do carro e efetuar o pagamento. Na Rodovia SP-333, o pagamento pode ser feito por app ou site. As concessionárias costumam oferecer diferentes métodos de pagamento, como cartão, boleto ou PIX.

Benefícios do pedágio sem cancela

O pedágio sem cancela traz algumas vantagens para os motoristas e para a operação rodoviária: elimina as filas nos pedágios, reduz o consumo de combustível e o tempo de viagem. Além disso, o sistema é considerado mais seguro, pois diminui o risco de acidentes em paradas bruscas nas praças de pedágio tradicionais.

De acordo com  dados da CCR e da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), o tempo para pagamento entre agosto e outubro foi de 6 dias. Em março, a média era de 54 dias.Segundo a ANTT, o sistema foi capaz de detectar 100% dos veículos que passaram pelos pórticos.

  • 99,53% das tags foram lida corretamente;
  • 99,64% das placas foram lidas corretamente.

Ao g1, Cleber Antonio Chinelato, gerente executivo de Tecnologia da CCR, comentou: “Este é um número relevante, considerando a região em que o free flow está inserido, local em que as tags são utilizadas, na maioria dos casos, apenas para o pagamento de pedágio”.

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