Nesta data, psicólogo dá dicas para lidar com o bullying e promover uma cultura de respeito e empatia nas escolas
Neste Dia Nacional de Combate ao Bullying e à Violência na Escola (07/04), é momento de refletir sobre a relevância de abordar questões tão urgentes e impactantes no ambiente escolar. A data visa promover a conscientização e ações efetivas para prevenir e combater o bullying, bem como outras formas de violência, visando garantir um ambiente escolar seguro, acolhedor e propício ao desenvolvimento saudável dos estudantes.
Para abordar o tema, AnaMaria conversou com o psicólogo Alexander Bez, especialista em saúde mental, que fala sobre a importância da data e traz dicas valiosas sobre como lidar com essas questões e promover uma cultura de respeito e empatia nas escolas.
"Essa data é extremamente importante para prevenir, conscientizar e denunciar as ações crueis do bullying. Em função do momento em que estamos, das redes e das informações em tempo real, utilizar de conexões positivas e construtivas se faz importante para a prevenção das ações inconvenientes por parte dos autores dessa hostilidade sem motivação real, mas sim essencialmente pejorativa", destaca o profissional.
A essência do bullying pode ser simplificada por meio de dois elementos prejudiciais para as vítimas: a degradação e a exclusão. "Ambos são aplicados com o propósito de causar dano e menosprezar a pessoa atingida, principalmente em relação a quaisquer adversidades que vão de desencontro com as ideias, pensamentos e opiniões, todas irresponsavelmente pré-concebidas pelos autores dessa discriminação", explica Alexander.
Esses autores, normalmente, tem um perfil de uma pessoa que foi vítima de bullying anteriormente, por esse motivo o caminho para prevenir esse tipo de situação é a identificação precoce e é de extrema importância um diálogo saudável e responsável por parte dos pais.
"Condutas como isolamento social podem ser um sinal de alerta, assim como o consumo de jogos, filmes e séries violentas. Estar atento às preferências dos filhos é essencial para um psicodiagnóstico específico e para saber se a criança pode vir a praticar certas ações", alerta o psicólogo.
O bullying pode trazer graves consequências para quem é vítima, tanto psicológicas como físicas. De acordo com Alexander, a violência verbal infligida pode levar a pessoa a recorrer a vários meios de compensação (potencialmente desencadeando transtornos obsessivos-compulsivos), ou resultando em agressão física direta.
As cicatrizes emocionais deixam impressões profundas, podendo levar a vítima a manifestar várias condições mentais, como:
A internet indiscriminadamente utilizada, pode contribuir para uma disseminação incontrolável de bullying, por isso, Alexander destaca a importância de um controle por parte de cada responsável. A abordagem multidisciplinar com a participação de familiares, profissionais da educação e dos serviços de saúde pode contribuir para minimizar os impactos dessa intimidação.
"E para quem já foi vítima, o recomendado é psicoterapias para ajuda da elevação da autoestima e outros aspectos, apoio da família, incentivo a realizar atividades físicas, terapia ocupacional e incentivo a procurar compreender a própria identidade e seu valor pessoal", aconselha o especialista.
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