Pesquisa avaliou correlação entre amplitude de movimentos e expectativa de vida de homens e mulheres; saiba como viver mais — e melhor!
Manter-se flexível pode ser um dos segredos para viver mais, de acordo com um estudo brasileiro recente. A pesquisa, publicada no Scandinavian Journal of Medicine & Science in Sports, avaliou mais de 3.000 pessoas entre 46 e 65 anos e descobriu que aqueles com maior flexibilidade têm uma expectativa de vida superior.
À medida que envelhecemos, nossos músculos perdem flexibilidade, o que pode afetar o equilíbrio e aumentar o risco de quedas, especialmente em idades avançadas. Quedas graves podem ser fatais ou resultar em limitações severas, reduzindo drasticamente a qualidade de vida. No entanto, o estudo sugere que, com o treinamento adequado, é possível reverter parte dessa perda de mobilidade e, consequentemente, prolongar a vida.
O estudo utilizou o Flexiteste, um método desenvolvido por Cláudio Gil Araújo para medir a flexibilidade em várias articulações. Os resultados mostraram uma correlação inversa entre a flexibilidade e a mortalidade: pessoas com maior pontuação no teste apresentaram uma expectativa de vida significativamente maior.
Além disso, a pesquisa indicou que mulheres, em média, possuem cerca de 35% mais flexibilidade que os homens, o que pode explicar em parte a maior longevidade feminina. A cada 13 anos de acompanhamento, 75% das mortes observadas foram de homens, reforçando a importância de manter a flexibilidade como uma forma de como viver mais.
Para preservar a flexibilidade e, com ela, a expectativa de vida, o estudo sugere a prática regular de exercícios que envolvam alongamento, como ioga e pilates. Essas atividades não apenas melhoram a amplitude de movimento, mas também o equilíbrio, outro fator crucial para o envelhecimento saudável.
A dança também se destaca como uma excelente opção, especialmente em programas específicos para idosos ou pessoas com condições como Parkinson, conforme observado em projetos da UFPA e UFRGS. Esses programas demonstraram que, em apenas 12 semanas, participantes já exibem melhorias notáveis em sua flexibilidade e mobilidade.
Outro ponto importante destacado pelo estudo é a combinação de treinos de flexibilidade com exercícios de força. Ao contrário do que alguns acreditam, o aumento da massa muscular não restringe os movimentos; ao contrário, ajuda a ampliá-los. Essa combinação pode ser essencial para garantir uma vida mais longa e saudável.
É importante ressaltar, no entanto, que a flexibilidade não deve ser treinada isoladamente. Integrar exercícios de alongamento à rotina diária, junto com atividades que promovam o fortalecimento muscular, é fundamental para quem deseja aumentar a expectativa de vida. Assim, se você está buscando como viver mais, considere dedicar mais tempo à sua flexibilidade.
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