AnaMaria
Busca
Facebook AnaMariaTwitter AnaMariaInstagram AnaMariaYoutube AnaMariaTiktok AnaMariaSpotify AnaMaria

O que é crise de pânico? Juliana Paes detalha momentos difíceis que passou

Em entrevista recente, atriz desabafou sobre quadro enfrentado por muitos brasileiros; confira o que é crise de pânico e saiba quando procurar ajuda

Marina Borges
por Marina Borges
[email protected]

Publicado em 22/08/2024, às 21h30

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Juliana Paes sofreu muito com crises de pânico - Reprodução/YouTube
Juliana Paes sofreu muito com crises de pânico - Reprodução/YouTube

A atriz Juliana Paes revelou em entrevista ao programa 'Conversa vai, Conversa vem', do jornal O Globo, que sofreu crises de pânico durante a pandemia, desencadeadas pelo estresse de lidar com a internet, o trabalho e a perda de pessoas queridas. Ela precisou buscar ajuda de um psiquiatra para compreender o que estava acontecendo e iniciar seu tratamento. Mas você sabe o que é crise de pânico? Durante o bate-papo, a atriz detalhou os momentos em que se sentiu em crise.

"Eu deitava na cama, e o coração não parava de bater. Comecei a achar que estava com alguma coisa no coração e fui procurar um psiquiatra. Ele me disse que tive crise e estresse pós-traumático porque também vivi essas perdas sem tempo de sentir, de parar e chorar". Juliana Paes também destacou a importância da terapia e lamentou não ter procurado ajuda mais cedo. "Hoje, para mim, é muito claro que artista sem terapia é uma casa sem espelho", afirmou.

Para entender o que é crise de pânico e como tratar essa condição que afeta tantas pessoas, AnaMaria conversou com o psicólogo Raphael Suwwan, mestre em Psiquiatra e Psicologia Médica pela UNIFESP e especialista em Terapia Cognitivo Comportamental e Neurociências. Confira a seguir.

O que é crise de pânico?

De acordo com o especialista, uma crise de pânico é um episódio súbito e intenso de medo ou desconforto, geralmente atingindo seu pico em minutos. Durante uma crise, Raphael destaca que ocorrem pelo menos quatro dos seguintes sintomas fisiológicos: palpitações, sudorese, tremores, sensação de falta de ar, dor no peito, náusea, tontura, sensação de despersonalização, medo de perder o controle e, em casos mais graves, medo de morrer.

"Uma crise de pânico nada mais é do que uma enxurrada de reações fisiológicas que acontecem devido a uma reação de medo, as quais causam muito desconforto. Comumente esses sintomas são confundidos com problemas médicos graves como ataque cardíaco e costumam levar o paciente até mesmo a um pronto de socorro. Mas, embora uma crise de pânico seja um episódio extremamente desconfortável, ele não é fisicamente perigoso", ressalta Suwwan.

Sintomas da síndrome do pânico

o que é crise de pânico
O que é crise de pânico? Veja os sintomas - Foto: Freepik/ Drazen Zigic

Para identificar uma síndrome de pânico, Raphael aponta que é crucial observar os sintomas, como eles aparecem e qual é o gatilho (o desencadeante mais claro). Ou seja, se houve alguma situação específica ou se esse gatilho foi, por exemplo, um pensamento. A seguir, veja os sintomas da síndrome do pânico:

  • Palpitações ou aumento da frequência cardíaca;
  • Sudorese (transpiração excessiva);
  • Tremores ou tremedeira;
  • Sensação de falta de ar ou dificuldade para respirar;
  • Dor ou desconforto no peito;
  • Náusea ou desconforto abdominal;
  • Tontura ou sensação de desmaio;
  • Sensação de despersonalização (sentir-se desconectado de si mesmo) ou desrealização (sentir que o ambiente ao redor não é real);
  • Medo de perder o controle ou de enlouquecer;
  • Medo de morrer.

Embora desconfortáveis, as crises de pânico não são fisicamente perigosas, mas podem ser extremamente perturbadoras e necessitam de cuidados adequados para serem geridas eficazmente.

Quando procurar ajuda?

O que é crise de pânico
O que é crise de pânico? Entenda quando buscar ajuda - Foto: Freepik

Saber quando procurar ajuda para a síndrome do pânico é crucial para evitar que os sintomas se agravem e impactem significativamente a qualidade de vida. A seguir, Raphael lista algumas situações em que é necessário prestar atenção e buscar assistência:

  • Frequência das crises: se as crises de pânico ocorrem com alta frequência, como semanalmente, várias vezes por semana ou até mesmo diariamente, é importante procurar ajuda;

  • Impacto na vida diária: quando as crises afetam significativamente o funcionamento diário, incluindo trabalho, estudos, relacionamentos e outras atividades, é um sinal de que é necessário buscar intervenção profissional;

  • Medo persistente de novas crises: se o medo constante de ter novas crises começa a dominar a vida da pessoa, esse medo pode, por si só, desencadear novas crises e evoluir para um transtorno do pânico. Procurar ajuda é essencial para gerenciar esse medo e prevenir a escalada dos sintomas.

De acordo com o psicólogo, intervenções precoces podem ajudar a prevenir o agravamento dos sintomas e melhorar o prognóstico geral.

Leia também:

Aprenda a diferenciar crise de ansiedade de um ataque do coração

Entenda a síndrome do pânico