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Gravidez e câncer: caso de influenciadora chama atenção e gera polêmica

Isabel Veloso é atacada nas redes sociais pela decisão de ser mãe e abre o coração em entrevista para a televisão ao lado do marido, Lucas Borba

por Renata Rode
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Publicado em 19/08/2024, às 11h46

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Influenciadora Isabel Veloso rebate críticas sobre gravidez e afirma: "Meu maior desafio é ser mãe" - Imagem Reprodução Instagram
Influenciadora Isabel Veloso rebate críticas sobre gravidez e afirma: "Meu maior desafio é ser mãe" - Imagem Reprodução Instagram

Mais uma vez a influenciadora Isabel Veloso virou notícia nas redes sociais. A paranaense que foi diagnosticada aos 15 anos com um Linfoma de Hodgki e chegou a anunciar que teria de 4 a 6 meses de vida, hoje aos 18 anos, comemora estar grávida. Casada com Lucas Borba há poucos meses, a jovem se diz segura, apesar da enxurrada de comentários negativos que vem recebendo do chamado “tribunal da internet”. Em entrevista ontem ao programa “Domingo Espetacular”, exibido pela Record TV, a influenciadora explicou como lida com as críticas. "Meu maior desafio não é gestar, meu maior desafio é ser mãe porque eu não sei quando meu filho nascer se eu vou ser mãe pra vida inteira dele, pra infância dele, e está tudo bem porque isso pode acontecer com qualquer mãe. Existem mulheres que morrem no parto".

A esposa de Lucas Borba divide com os mais de 3 milhões de seguidores o andamento de dois quadros que envolvem sua saúde: a gestação e o acompanhamento de um tumor em volta do coração. "Fui fazer uma tomografia e estou bem feliz com o resultado, mostrou que o tumor está estabilizado no crescimento, ainda está pequeno, está dando certo, quem sabe fico mais tempo por aqui. Estou muito feliz com isso. Queria agradecer vocês por cada mensagem de carinho que recebi antes de realizar a tomografia", revelou em uma das legendas de posts. Em 2021, a influenciadora foi diagnosticada com um tipo de câncer do sangue que se origina no sistema linfático, considerado agressivo. De acordo com os relatos nas redes, passou por quimioterapia, transplante de medula óssea e alcançou a cura em novembro de 2023. Porém, três meses depois, a doença voltou de forma mais agressiva.

Segundo médicos, engravidar não é recomendado e exige maior atenção no caso de pacientes com o quadro como o de Isabel. Jorge Abissamra Filho, Chefe da Oncologia Clínica do Hospital Santa Clara, declara que o caso da influenciadora é muito raro, mas pode acontecer. “É muito difícil uma paciente em quimioterapia manter a ovulação, mas pode acontecer. Não há do ponto de vista técnico nenhuma impossibilidade de gestação e é como digo em consultório: a medicina não é uma ciência exata. Sempre há exceções”, comenta o especialista.

De acordo com a equipe que atende a jovem, o fato da paciente ter apenas 18 anos fez com que mesmo com o tratamento, seus ovários não parassem de funcionar. Ainda, segundo os médicos, Isabel executa hoje várias linhas de frente de tratamentos para aumentar a qualidade de vida através dos cuidados paliativos.

Alguns internautas chegaram a questionar as postagens da moça alegando que ela estaria contando sua história com o objetivo de engajar seu perfil. Para defender-se, a jovem postou laudos médicos com a seguinte legenda: "Eu não iria postar isso, porque não devo satisfação a ninguém. Mas recebi muitos comentários que, pra ser paciente 'terminal' ou 'paliativa', tenho que ter aspecto de morte ou estar acamada sem poder me mexer. Então, pra quem tanto duvidou, e inclusive fizeram recortes de vídeos onde eu falava que estava bem, pra ganhar like e seguidor em cima. O laudo que tanto pediram está aqui."

Atualmente, Isabel tem um tumor de 17 centímetros, localizado próximo ao coração e entre os dois pulmões e, ao descobrir o novo quadro, teria optado por parar com os tratamentos. Nesse meio tempo, ela se casou com Lucas Borba em uma cerimônia transmitida ao vivo na internet nos perfis dos noivos em uma rede social, chegando a atrair 19 mil espectadores simultâneos em uma das contas.

“Quando damos um diagnóstico a um paciente objetivando cuidados paliativos, quer dizer que não existe cura, mas não se coloca o tempo de vida atrelado a um pouco ou médio espaço de tempo. Não significa que o paciente morrerá em curto espaço de tempo. No caso dela, é importante um acompanhamento próximo com o obstetra e o oncologista, pois como pode haver variações hormonais desencadeados pelas medicações utilizadas no tratamento oncológico, a gravidez é considerada de risco”, explica o especialista, e complementa. “Com acompanhamento médico adequado e possível sim levar a gestação até o final em segurança para o feto e a mãe e o pensar positivo faz toda diferença a qualquer paciente, com qualquer comorbidade, em qualquer quadro. Para os pacientes oncológicos então, exercitar a esperança, viver cada momento da vida e desfrutar de boas experiências é decisivo”, explica Abissamra.