AnaMaria
Busca
Facebook AnaMariaTwitter AnaMariaInstagram AnaMariaYoutube AnaMariaTiktok AnaMariaSpotify AnaMaria

Patrícia Abravanel e o dilema das empresas familiares

Dados do IBGE mostram que, no Brasil, 90% das empresas têm perfil familiar; Banco Mundial afirma que apenas 30% delas chegam à terceira geração

por Renan Pereira, colunista de Ana Maria Digital

Publicado em 11/07/2024, às 16h47

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Patrícia Abravanel - Reprodução Instagram @patriciabravanel
Patrícia Abravanel - Reprodução Instagram @patriciabravanel

As farpas trocadas por Lívia Andrade e Patrícia Abravanel na última semana, após a primeira aparição de Eliana no “Domingão com Huck” levantaram novamente uma discussão sobre "meritocracia” no mundo do trabalho. Isto porque Lívia Andrade disse em um post em sua rede social que Eliana era “guerreira” e não “herdeira", possivelmente alfinetando a filha do dono do Baú, Patrícia, que já trocou ofensas públicas com Lívia e que, dizem as más línguas, teria sido desagradável com Eliana em alguns momentos.  

Pois bem ! Goste Lívia ou não, Patrícia não está sozinha, já que de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 90% das empresas no país têm perfil familiar, o que corresponde a 75% do PIB nacional. Ou seja, o SBT não é o único com herdeiros no comando. 

Ainda, assim como a emissora de Sílvio Santos, muitas empresas sofrem com as atitudes dos familiares, já que muitos deles ocupam cargos mesmo sem ter o conhecimento técnico para exercê-los. É uma realidade mais comum do que imaginamos. 

Neste contexto, um artigo divulgado pela Fundação Dom Cabral diz que o acúmulo de cargos, a dificuldade em reconhecer e trabalhar as próprias limitações e o apego e a centralização excessiva ao poder estão entre os principais problemas destas empresas. Segundo o Banco Mundial, apenas 30% delas chegam à terceira geração. 

Porém, há formas de vencer este obstáculo 

“Os herdeiros devem buscar educação empresarial, ganhar experiência fora da empresa, obter mentoria, conhecer todas as áreas da empresa e desenvolver habilidades de liderança. Planejamento sucessório é essencial para uma transição bem-sucedida”, afirma Melque Dourado, especialista em empreendedorismo e gestão.  

Desenvolver habilidades  

E, para evitar que caíam na armadilha de serem mal vistos por outros colaboradores, os herdeiros  precisam de desenvolvimento contínuo, explica Tarcísio Lisboa, CEO da Training Expert, com MBA em Psicologia Organizacional, que elencou algumas dicas para a coluna: 

  • Manter a Humildade e o Respeito: demonstrar humildade no aprendizado contínuo e respeito pelos funcionários e processos estabelecidos. Isso inclui ouvir atentamente a equipe e valorizar suas contribuições. Estabelecer um relacionamento profissional baseado em respeito mútuo ajuda a construir confiança e credibilidade dentro da organização. 

  • Adotar uma Liderança Transparente e Ética: implementar práticas de governança que promovam transparência nas decisões e ações empresariais. A transparência gera confiança e reduz as percepções de favoritismo ou abuso de poder. 

  • Estabelecer códigos de ética e conduta para todos os membros da organização, incluindo os herdeiros, reforçando a importância da responsabilidade e integridade. 

  • Buscar Qualificação e Experiência Externa: adquirir experiência fora da empresa familiar pode proporcionar uma perspectiva mais ampla e habilidades que são valiosas para a liderança. 

  • A educação formal em áreas relevantes, bem como a participação em programas de desenvolvimento de liderança, ajudam a garantir que os herdeiros estejam bem preparados para suas responsabilidades.