Pablo Marçal relembrou a acusação de assédio sexual contra Datena, movida pela ex-repórter da Band Bruna Drews
Publicado em 16/09/2024, às 13h00
José Luiz Datena (PSDB) deu uma cadeirada em Pablo Marçal (PRTB), durante o debate da TV Cultura com os candidatos à Prefeitura de São Paulo. O capítulo mais recente da polêmica eleitoral foi motivado pelo resgate da acusação de assédio feita por Bruna Drews contra o funcionário da Band.
Na ocasião, o ex-coach se referiu ao adversário como 'Jack', termo usado em penitenciárias para estupradores. Datena usou a réplica para responder sobre a acusação de assédio da repórter, e garantir a própria inocência: "A polícia não viu provas nenhuma, nem investigou", iniciou.
"Ministério Público arquivou o processo. A pessoa que me acusou se retratou publicamente em cartório. Pediu desculpas para mim e minha família", acrescentou o candidato. Marçal, no entanto, continuou: "Fez, sim, assédio sexual. Teve que pagar milhões para a pessoa ficar calada".
O clima entre os dois seguiu quente, até que Datena partiu para a agressão. Após a cadeirada em Marçal, ele disparou: "Desgraçado, canalha. A minha sogra morreu por causa dessa mentira. Você me mandou um WhatsApp pedindo perdão, seu palhaço. Isso é mentira, covarde. Isso matou a minha sogra, seu filho da put*".
MEU DEUS! Datena e Pablo Marçal continuaram batendo boca após cadeirada.
— POPTime (@poptime.space) September 16, 2024 at 8:38 AM
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Em janeiro de 2019, a repórter Bruna Drews acusou Datena de assédio sexual. Na época, a então companheira de emissora do apresentador do 'Brasil Urgente' protocolou uma representação no Ministério Público de São Paulo.
Segundo o relato da ex-repórter da Band, o atual candidato do PSDB lhe disse que ela não precisava emagrecer porque já "era muito gostosa". Datena também teria dito que tinha se masturbado pensando nela, e que era “um desperdício” a jornalista namorar uma mulher.
O caso teria acontecido em junho de 2018, na comemoração do fim das gravações de um quadro do extinto 'Agora É com Datena'. O apresentador, entretanto, nega todas as acusações. No processo, ele cita testemunhas que disseram jamais ter presenciado conversas com teor sexual entre os dois.
"Na comemoração, repeti a ela que ela era muito bonita e que não precisava emagrecer, porque ela já era competente. Tirando isso, todo o resto é mentira, calúnia e delírio", afirmou o agora candidato à prefeitura de São Paulo, que a processou por difamação e calúnia.
Menos de um ano do início do processo judicial, José Luiz Datena foi inocentado da acusação de assédio. Bruna Drews voltou atrás, inocentou o ex-colega de emissora das acusações, e pediu desculpas pelo caso. A retratação foi registrada em um cartório de São Bernardo do Campo, em SP.
No entanto, pouco depois, a repórter afirmou que foi induzida a retirar as acusações: "Queria colocar uma pedra em tudo o que aconteceu, para que nem eu e nem o Datena tivéssemos mais prejuízo com isso. Fui induzida pelos advogados dele e mal instruída pelos meus advogados, que garantiram que tudo ficaria em sigilo, porque eu não aguentava mais", em entrevista a Universa.
Drews avalia que o arquivamento do processo ocorreu "inexplicavelmente". Ela afirma nem ter sido ouvida pela polícia. Além disso, o processo movido por Datena a colocou no lugar de ré: "Eu não tenho dinheiro e nem saúde para enfrentar esse processo". Em suas redes sociais, ela publicou uma imagem sugestiva com os dizeres: "É melhor ser feliz do que ter razão". A legenda acrescentou que "entendedores entenderão".