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Leão, hipopótamo e girafa: PF encontra coleção de animais silvestres em casa de empresário, em SP

O empresário Arthur Rondini, investigado por lavagem de dinheiro, mantinha uma extensa coleção de animais silvestres taxidermizados em casa

Guilherme Giagio
por Guilherme Giagio

Publicado em 16/09/2024, às 14h00

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O Ibama e a Polícia Federal apreenderam os corpos empalhados dos animais silvestres. - Foto: Fantástico/TV Globo
O Ibama e a Polícia Federal apreenderam os corpos empalhados dos animais silvestres. - Foto: Fantástico/TV Globo

A Polícia Federal encontrou uma coleção de animais silvestres na casa do empresário Arthur Rondini, investigado por lavagem de dinheiro. Na casa do acusado, em São José do Rio Preto (SP), havia um acervo com leão, hipopótamo, girafa e outros animais do continente africano.

Os agentes federais foram à residência para prosseguir com a investigação de um esquema bilionário de lavagem de dinheiro. Além dos 19 animais, foram encontrados R$ 73 mil em dinheiro, mais de 1,5 kg de ouro e muitas armas.

Para as autoridades, o empresário era o principal articulador e movimentador do dinheiro, fruto do garimpo ilegal de ouro no Mato Grosso e no Pará. Ao 'Fantástico', o delegado Gustavo Gomes afirmou que o grupo movimentou 3 bilhões de reais em cinco anos. Os advogados de Arthur Rondini negam as acusações.

A coleção de animais silvestres

A coleção de animais selvagens trazidos da África tinha um leão, um hipopótamo, uma girafa, antílopes, búfalos e outras espécies. Os bichos estavam taxidermizados, procedimento conhecido como "empalhamento", e que pode custar mais de R$ 100 mil por unidade.

Na África, a caça de animais selvagens é permida, caso a espécie não esteja ameaçada de extinção. Porém, é preciso autorização do Ibama para trazer peles e carcaças ao Brasil e taxidermizá-las. Dos 19 animais encontrados, 12 não tinham a licença e foram apreendidos pelo órgão.

Os sete licenciados restantes, incluindo o leão e o hipopótamo, foram apreendidos pela Polícia Federal como parte do bloqueio de bens. A investigação da PF ainda apontou que todos os animais expostos na casa foram caçados por Rondini. Um cartucho encontrado contava com a inscrição 'girafa'.

“Ele tinha essa predileção, armas de grosso calibre, e essas viagens que ele fazia, que têm um custo muito alto. É uma forma que ele tinha de esbanjar ali o valor que ele obtinha de forma irregular, de forma ilícita”, disse o delegado ao dominical.

Em nota enviada ao programa, a defesa do empresário afirmou que ele é CAC - colecionador, atirador esportivo e caçador . Ainda segundo a equipe, as armas estão regularizadas e os animais  foram importados de maneira legal. Caso a irregularidade seja comprovada, a PF irá instaurar um inquérito para investigar o crime de contrabando de cada animal.