Nova tendência na Europa, os casais LAT estão aderindo mais pessoas; a seguir, veja o que significa e quais os benefícios e malefícios da prática
"Quem casa, quer casa"? Parece que esse ditado já não faz mais sentido para algumas pessoas. Isso porque o conceito de casal LAT (Living Apart Together ou 'Juntos, mas separados', em português), está ganhando força na Europa, especialmente entre casais mais maduros. Mas, você sabe o que isso significa?
Esse modelo de relacionamento consiste em pessoas que, mesmo mantendo um vínculo amoroso e comprometido, optam por viver em casas separadas. Essa escolha é cada vez mais comum, principalmente entre aqueles que já tiveram relacionamentos anteriores ou desejam preservar sua independência. Essa configuração, portanto, não tem relação com restrições econômicas ou distanciamento geográfico.
Muitos casais LAT veem nesse estilo de vida uma maneira de equilibrar a vida amorosa e pessoal. A rotina de conviver 24 horas por dia nem sempre é ideal para todos, e essa separação física permite que cada um tenha seu espaço, evitando conflitos que podem surgir da convivência diária.
Para mulheres entre 40 e 60 anos, que já passaram por experiências de vida, o modelo de casal LAT pode ser especialmente atraente, pois oferece liberdade, mantendo o companheirismo e o afeto.
No entanto, apesar das vantagens, esse tipo de relacionamento também traz desafios. A distância física pode ser difícil em certos momentos, especialmente em situações de necessidade emocional ou prática. Por outro lado, muitos casais LAT afirmam que a saudade e o tempo separado fortalecem o relacionamento, já que cada encontro se torna mais especial e significativo.
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Esse modelo tem crescido, principalmente na Europa, onde questões culturais e práticas, como filhos de relacionamentos anteriores, autonomia financeira e preferências individuais, influenciam a escolha por viver separados.
De acordo com um levantamento da Statistics Canada, cerca de 10% dos casais na França adotam essa prática. Já na Espanha, esse número é estimado em 8%. Nos Estados Unidos e Reino Unido, cerca de 2 milhões de pessoas vivem um relacionamento nesta configuração.
No Brasil não há restrições legais para o casal LAT. Isso porque a lei não especifica a necessidade de coabitação como uma exigência obrigatória para a manutenção do casamento.
Desta forma, os casais que decidem morar separados continuam a ter os mesmos direitos e deveres, preservando o propósito de “viver em família”.
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Para algumas mulheres, o casal LAT representa uma maneira de evitar a pressão de moldar o cotidiano ao do parceiro, algo que pode ser libertador após anos de vida conjugal tradicional. As atrizes Totia Meireles e Elizabeth Savalla já afirmaram que mantêm o casamento com seus respectivos companheiros em casas separadas.
Portanto, o conceito de casal LAT é uma alternativa moderna e flexível para aqueles que desejam manter uma relação saudável e amorosa sem abrir mão da individualidade. Esse estilo de relacionamento é uma tendência que tende a crescer, proporcionando novos olhares sobre o amor e a convivência na maturidade.
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