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Ana Flávia Cavalcanti ressalta importância da representatividade negra

Ana Flávia Cavalcanti já esteve em 'Malhação: Viva a Diferença" e 'Sob Pressão'

Karla Precioso Publicado em 12/02/2022, às 14h30

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Ana Flávia Cavalcanti conta tudo sobre sua vida profissional - Reprodução/Instagram/Globoplay
Ana Flávia Cavalcanti conta tudo sobre sua vida profissional - Reprodução/Instagram/Globoplay

Depois de duas produções de sucesso na TV, a atriz Ana Flavia Cavalcantimostrou seu principal objetivo em sua arte ao realizar o curta Rã, baseado em situações em que ela viveu na infância. Além de atuar, ela produziu e dirigiu o projeto, que foi um dos filmes selecionados para exibição na Mostra Geração do Festival de Berlim deste ano.

A narrativa é sobre a história de uma mãe e duas filhas que tinham uma relação precária com a comida na periferia e consumiam itens vencidos vendidos em um mercadinho, até que uma noite tudo muda com a chegada de uma nova carga de alimentos fora do prazo de validade.

“Ter idealizado esse filme foi muito gratificante para mim, pois pude expandir o acesso às pessoas de
situações que a maioria da população pobre vive, mas que muitos se recusam a enxergar. Rã fala sobre uma realidade difícil de ser superada e propõe uma reflexão”, relata. Ano passado, a artista
pode explorar suas vertentes artísticas em vários projetos.

Um deles foi na terceira temporada de Sob Pressão, série médica da Globo, em que interpretou
Diana - uma personagem complexa e profunda, de volta na quarta temporada
do seriado. “Quando li o texto consegui sentir esse buraco da Diana - ser viciado em algo ou alguém paralisa demais.

Tenho pensado muito a respeito dessas questões para encontrar uma ressonância entre nós duas”, conta. Acompanhe a seguir a conversa que AnaMaria teve com a artista.

Com mais de uma década de carreira, como é para você celebrar essa marca com o trabalho em Sob Pressão?
É uma honra e uma oportunidade incríveis fazer parte de três temporadas de Sob Pressão. Eu cheguei na terceira, estamos no ar com a quarta e, ao mesmo tempo, gravando a quinta. Sinto que esse movimento é sinal de muito comprometimento, e o público sempre responde pedindo mais e mais.
Um momento lindo, não tenho dúvida alguma disso!

Sabemos que o tema da dependência química ainda é muito estigmatizado, principalmente para as pessoas que não conseguem enxergar saída alguma para essa questão. Como a Diana e as discussões que ela levanta na série podem contribuir para dar uma acessibilidade maior sobre esse tema?
O tema da Diana nesta temporada está associado à maternidade, multiparentalidade e a maneira como
nós reagimos a esse assunto. De toda forma, eu concordo que não falamos de uma forma aberta e positiva sobre o assunto da dependência química. E esse é um assunto de saúde pública. Tem que ser falado, tratado com cuidado...

O que Sob Pressão pode ensinar sobre o assunto da dependência química para as mais variadas classes, então?
O nosso intuito sempre foi abrir o debate para a sociedade civil e política. E também dizer que é possível, sim, ficar sóbrio, receber cuidado e ter uma rede de apoio. Participar das reuniões do NA (Narcóticos Anônimos) e do AA (Alcoólicos Anônimos) são alguns dos caminhos que a série apresenta. Creio que são boas ajudas.

“A Diana pode inspirar muitas mulheres que são mães solteiras e/ou que passaram por problemas de dependência química. São muitas fases ao longo da trajetória dela... Muitas camadas de transformação. Eu ainda não sou mãe e não conheço esse sentimento que dizem ser o mais transformador em nossas vidas, mas, a partir de minhas vivências e observações, eu consigo acessar o sentimento do processo de mudança, e empresto esse sentimento a Diana”.

Para compor a personagem Diana, qual pesquisa de campo você realizou e como foi esse processo?
Eu sempre procuro observar as pessoas, as relações e o contexto sobre o qual vamos falar. Isso
ajuda muito. Dessa vez, fui buscar esse sentimento de ter um filho, ser mãe solo, não ter mais recursos para cuidar da saúde da criança e ter que contar para o pai. Fui navegando nessas
emoções profundas.

Em Amor de Mãe, você interpretava uma delegada, agora em Sob Pressão sua personagem está envolvida no ambiente hospitalar. Tem alguma profissão em especial ou algum tipo de personagem que você gostaria de conquistar nos próximos anos?
Gostaria de fazer a MC Drika em um filme ou em uma série. Ela é incrível e seria um grande desafio interpretar uma MC do Funk! Quem sabe, não é mesmo?