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Cidades no Brasil têm umidade do ar próxima ao deserto do Saara; como se proteger da baixa umidade?

Com a queda da umidade do ar em diversas regiões do Brasil, entenda as causas do fenômeno e veja como se proteger da baixa umidade

Guilherme Giagio
por Guilherme Giagio

Publicado em 04/09/2024, às 17h20

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Saber se proteger da baixa umidade é essencial para manter o bem-estar durante o período mais seco. - Foto: Tânia Rego/Agência Brasil
Saber se proteger da baixa umidade é essencial para manter o bem-estar durante o período mais seco. - Foto: Tânia Rego/Agência Brasil

Você tem sentido o ar mais seco nos últimos dias? Não é apenas impressão! Recentemente, mais de 200 cidades brasileiras registraram níveis de umidade do ar comparáveis aos do deserto do Saara, segundo dados divulgados por órgãos meteorológicos.

Esse é o caso de municípios de Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Tocantins, Piauí e no Distrito Federal. Em algumas regiões, os índices chegaram a alarmantes 10%. No deserto do Saara, no norte da África, a umidade do ar varia de 14% a 20%.

O deserto do Atacama, no Chile, o mais seco do mundo, registrou umidade de 5%. Nesta terça, diversas cidades brasileiras registraram taxas próximas, abaixo de 10%. É o caso de Uberlândia (MG), São Carlos (SP) e Cristalina (GO), com 9%, e Goiânia (GO), Paranaíba (MS) e Barretos (SP), com 7%.

A baixa umidade do ar

Mas, afinal, o que isso quer dizer? A baixa umidade do ar refere-se à quantidade de vapor de água presente na atmosfera. Fatores climáticos fazem em que essa umidade evapore. Assim, o ar torna-se mais seco, o que pode causar desconforto e problemas de saúde.

clima desértico baixa umidade do ar deserto do saara
Altas temperaturas e falta de chuvas deixa cidades brasileiras com clima desértico. Foto: wirestock/Freepik

No Brasil, a queda na umidade é causada principalmente pela alta pressão atmosférica que impede a formação de nuvens e, consequentemente, de chuvas. O fenômeno é comum em períodos de estiagem e pode ser intensificado por outros fatores, como o desmatamento e a urbanização descontrolada, que alteram o microclima de regiões inteiras.

A combinação de um inverno seco e a falta de chuvas regulares resultou em uma queda significativa na umidade em várias partes do país. Alguns desses locais já estão sem chuva há mais de cem dias. Com exceção do Rio Grande do Sul, todos os estados estão passando pelo pior período seco já visto.

Consequências para a saúde

A Organização Mundial de Saúde (OMS) estipula que a faixa de umidade ideal para o organismo humano fica entre 40% e 70%. Abaixo de 30%, já vale o alerta. Níveis baixos podem ter efeitos severos na saúde, por isso é importante aprender como se proteger da baixa umidade.

Entre os mais suscetíveis a esses problemas estão crianças, idosos e pessoas com problemas respiratórios como asma, rinite alérgica ou bronquite crônica. Os principais sintomas causados pelo ar seco são:

  • Irritação das vias respiratórias: o ar seco pode irritar o nariz, a garganta e os pulmões, agravando condições como rinite, asma e bronquite.
  • Desidratação: a baixa umidade provoca uma maior evaporação de água pelo corpo, o que pode levar à desidratação, mesmo que não esteja particularmente quente.
  • Ressecamento da pele e dos olhos: o ar seco remove a umidade natural da pele e das mucosas, causando ressecamento, coceira e até rachaduras.
  • Aumento de alergias: a menor umidade favorece a suspensão de partículas como poeira e ácaros no ar, aumentando as chances de crises alérgicas.

Como se proteger durante períodos de baixa umidade

Diante dessas condições, é fundamental adotar medidas que ajudem a minimizar os impactos do ar seco na saúde. Aqui estão algumas dicas práticas:

baixa umidade do ar próxima ao deserto do saara
A hidratação é essencial para lidar com a baixa umidade do ar. Foto: Shutterstock

  • Hidratação constante: beba muita água ao longo do dia, mesmo que não sinta sede. A hidratação ajuda a compensar a perda de líquidos pelo corpo.
  • Umidifique o ambiente: utilize umidificadores de ar nos ambientes onde passa mais tempo, especialmente durante a noite. Caso não tenha um, coloque toalhas molhadas ou bacias de água nos cômodos.
  • Evite atividades físicas intensas: durante os períodos mais secos do dia, normalmente entre as 10h e 16h, evite exercícios ao ar livre, que aumentam a demanda por oxigênio e podem agravar os sintomas de desidratação e irritação das vias aéreas.
  • Proteja a pele e os olhos: use hidratantes para a pele e colírios lubrificantes para os olhos. Além disso, é importante aplicar protetor labial para evitar rachaduras nos lábios.
  • Mantenha as janelas fechadas: durante as horas mais secas do dia, manter as janelas fechadas pode ajudar a conservar a umidade dentro de casa.

Vale destacar que a situação é grave e deve piorar. Segundo meteorologistas, as altas temperaturas dos últimos dias agravam o problema. Até que haja uma mudança significativa nas condições climáticas, como a chegada de frentes frias ou o início do período chuvoso, é essencial manter-se atento às recomendações de saúde.

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