Com a queda da umidade do ar em diversas regiões do Brasil, entenda as causas do fenômeno e veja como se proteger da baixa umidade
Publicado em 04/09/2024, às 17h20
Você tem sentido o ar mais seco nos últimos dias? Não é apenas impressão! Recentemente, mais de 200 cidades brasileiras registraram níveis de umidade do ar comparáveis aos do deserto do Saara, segundo dados divulgados por órgãos meteorológicos.
Esse é o caso de municípios de Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Tocantins, Piauí e no Distrito Federal. Em algumas regiões, os índices chegaram a alarmantes 10%. No deserto do Saara, no norte da África, a umidade do ar varia de 14% a 20%.
O deserto do Atacama, no Chile, o mais seco do mundo, registrou umidade de 5%. Nesta terça, diversas cidades brasileiras registraram taxas próximas, abaixo de 10%. É o caso de Uberlândia (MG), São Carlos (SP) e Cristalina (GO), com 9%, e Goiânia (GO), Paranaíba (MS) e Barretos (SP), com 7%.
Mas, afinal, o que isso quer dizer? A baixa umidade do ar refere-se à quantidade de vapor de água presente na atmosfera. Fatores climáticos fazem em que essa umidade evapore. Assim, o ar torna-se mais seco, o que pode causar desconforto e problemas de saúde.
No Brasil, a queda na umidade é causada principalmente pela alta pressão atmosférica que impede a formação de nuvens e, consequentemente, de chuvas. O fenômeno é comum em períodos de estiagem e pode ser intensificado por outros fatores, como o desmatamento e a urbanização descontrolada, que alteram o microclima de regiões inteiras.
A combinação de um inverno seco e a falta de chuvas regulares resultou em uma queda significativa na umidade em várias partes do país. Alguns desses locais já estão sem chuva há mais de cem dias. Com exceção do Rio Grande do Sul, todos os estados estão passando pelo pior período seco já visto.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) estipula que a faixa de umidade ideal para o organismo humano fica entre 40% e 70%. Abaixo de 30%, já vale o alerta. Níveis baixos podem ter efeitos severos na saúde, por isso é importante aprender como se proteger da baixa umidade.
Entre os mais suscetíveis a esses problemas estão crianças, idosos e pessoas com problemas respiratórios como asma, rinite alérgica ou bronquite crônica. Os principais sintomas causados pelo ar seco são:
Diante dessas condições, é fundamental adotar medidas que ajudem a minimizar os impactos do ar seco na saúde. Aqui estão algumas dicas práticas:
Vale destacar que a situação é grave e deve piorar. Segundo meteorologistas, as altas temperaturas dos últimos dias agravam o problema. Até que haja uma mudança significativa nas condições climáticas, como a chegada de frentes frias ou o início do período chuvoso, é essencial manter-se atento às recomendações de saúde.