No Dia do Sexo, pesquisa expõe a diferença de percepções entre homens e mulheres sobre o desempenho sexual
Publicado em 06/09/2024, às 18h45
O Dia do Sexo é celebrado nesta sexta-feira, 6 de setembro. O sugestivo 6/9 traz a performance sexual de volta às discussões entre casais e especialistas. Neste caso, uma contradição chama atenção: 94% dos homens acreditam que são bons de cama, mas apenas 36% das mulheres estão satisfeitas.
Os números são da pesquisa realizada em agosto pelo aplicativo de relacionamentos happn, que buscou a diferença de percepções entre homens e mulheres sobre o desempenho sexual. Para isso, foram consultados 3 mil usuários, com foco específico nos identificados; como heterossexuais.
Além da disparidade no quesito, a pesquisa do Dia do Sexo, também evidenciou tabus, como a dificuldade de muitos homens em reconhecer problemas no sexo. A liberdade sexual feminina também foi abordada com os usuários.
Neste último tema, destaca-se mais uma divisão entre os relatos:
A impotência sexual e a ejaculação precoce também são marcadas por inconsistências:
O urologista João Brunhara, co-fundador da Omens, plataforma de saúde masculina, analisa os números. Para ele, a pesquisa mostra que os homens ainda buscam esconder problemas no campo sexual a fim de reforçar uma imagem de virilidade. "No sexo, como em outras áreas, negar o problema costuma ter consequências negativas”, avalia.
A satisfação sexual é outro ponto que chama a atenção pela disparidade na satisfação sexual.
Brunhara acredita que a explicação vai além da mentira ou omissão. Ele afirma que muitos homens não conseguem avaliar a situação para entender as expectativas da parceira sexual: "Acreditam estar indo bem apenas por reproduzirem cenas de pornografia, enquanto a parceira pode querer algo totalmente diferente".
Por fim, para mostrar um pouco de concordância no Dia do Sexo, homens e mulheres compartilham a mesma opinião em dois pontos da pesquisa:
Cerca de 85% dos entrevistados acreditam que a comunicação é essencial para melhorar a intimidade e a satisfação sexual e ambos reconhecem a importância de buscar ajuda profissional para problemas de desempenho sexual. Entre estes, 55% prefere abordagem combinada de apoio médico, terapia e medicação. Por outro lado, como nem tudo são flores, 28% dos homen evitariam qualquer intervenção.
Mariana Marins, especialista em comportamento do happn, confirma que um dos motivadores para a realização da pesquisa era justamente a já esperadacontradição. Ainda assim, ela analisa que os números também mostram fatores positivos.
"É realmente interessante que os resultados destacam a importância das conversas abertas e honestas sobre sexualidade entre parceiros. É encorajador ver que tanto homens quanto mulheres estão cada vez mais dispostos a se comunicar, buscar ajuda e aprimorar seus relacionamentos sexuais", finaliza Mariana Marins.