Não só os humanos que são afetadas pelas altas temperaturas: o cachorro sente calor
Publicado em 20/03/2024, às 10h00
O verão chega ao fim nesta quarta-feira (20). No entanto, os termômetros seguirão marcando altas temperaturas ao redor do Brasil. E você não é o único que quer se refrescar! Afinal, seu cachorro sente tanto calor quanto nós humanos.
"Por isso, deve-se prestar atenção no comportamento deles e tomar medidas que refresquem e ajudem o bichinho a passar por esses períodos de forma saudável”, explicou a veterinária comportamentalista Marina Meireles, do centro verinário Nouvet, em entrevista à AnaMaria.
Para ajudar os animais e seus tutores, a especialista listou alguns dos cuidados importantes para cães e gatos aproveitarem a época. Confira:
Segundo a veterinária, o banho é uma boa maneira conter o calorão. Isso porque, geralmente, os animais adoram brincadeiras que envolvam água. Seja na piscina, mangueira ou até no chuveiro: há muitas maneiras de refrescar o bichano.
No entanto, é importante respeitar o intervalo adequado para banhos - de preferência, não mais que dois por mês. A medida mantém a pele íntegra e os proteger de alergias e infecções cutâneas. A exceção são animais que necessitem de banhos terapêuticos ou passem por tratamento dermatológico.
No caso dos gatos, que possuem maior tolerância ao calor e não costumam gostar tanto de entrar em contato com água, os tutores podem colocar toalhas úmidas em locais em que o felino costuma deitar, dando a ele a opção de se refrescar dessa forma.
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Alimentação e hidratação
Outra medida eficaz e essencial para ajudá-los passa pela alimentação. O consumo de água é fundamental para o bem-estar e saúde do seu mascote. Além disso, petiscos congelados e sachês são bem-vindos para refrescar e ajudar na hidratação.
Se seu filho de quatro patos não costuma se hidratar corretamente, dá para incentivá-lo. Algumas ideias:
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Com a chegada do calor, alguns tutores consideram tosar seus animais. A intenção é clara: permitir que eles fiquem mais frescos durante o período. Porém, o corte pode gerar o efeito reverso. Isso porque os pelos são fundamentais no controle de temperatura dos bichanos.
Marina ressalta que algumas raças possuem uma camada dupla de pelos. A estrutura age como isolante térmico, protegendo o pet do calor ou frio extremos. Como exemplo reverso, o caso do Husky Siberiano que, apesar de ter pelo curto, estão habituados às baixas temperaturas.
Por isso, o importante é consultar um veterinário para saber o tipo de pelagem do seu pet e se a tosa é indicada ou não.
Cachorro pode ficar no ar-condicionado? De acordo com a veterinária, sim! Porém, com moderação. O cuidado se faz ainda mais necessário para os donos de cães menores ou de pelo curto, que tendem a ser mais "friorentos". "Então, o tutor deve ficar atento para não 'esfriar' demais seu amigo", alerta.
Nos cães, alguns sinais são claros: ficar ofegante, focinho ressecado, prostração, busca de locais mais frescos para se deitar. Os gatos também procuram lugares mais frescos, mas apresentam outros sinais, como ficarem prostrados e sonolentos.
Se você é dono de um cão de raças braquicefálicas, redobre o alerta! Esta nomenclatura abrange os animais de focinho curto e achatado. Segundo Marina, essas raças possuem maior dificuldade na
regulação térmica através do arfar, além de outras alterações anatômicas no trato respiratório.
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