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Como Carolina Arruda encontrou alívio para a 'pior dor do mundo' com novo tratamento?

O papel dos eletrodos e da bomba de infusão no tratamento da neuralgia do trigêmeo

Beatriz Caroline Men
por Beatriz Caroline Men

Publicado em 26/08/2024, às 17h30

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Como Carolina Arruda encontrou alívio para a 'pior dor do mundo' com um novo tratamento? - Internet
Como Carolina Arruda encontrou alívio para a 'pior dor do mundo' com um novo tratamento? - Internet

A neuralgia do trigêmeo, uma condição conhecida por causar "a pior dor do mundo", pode ser um desafio devastador para quem a enfrenta.

No entanto, a história de Carolina Arruda, uma estudante universitária de 27 anos, traz um sopro de esperança para aqueles que lutam contra dores crônicas. Após quatro anos de sofrimento intenso, Carolina experimentou um alívio significativo, graças a uma inovadora abordagem de tratamento que está ganhando destaque no cenário médico. 

Na última quinta-feira (22), Carolina compartilhou uma notícia animadora sobre sua batalha contra a neuralgia do trigêmeo. Após anos enfrentando níveis de dor entre 6 e 7 diariamente, ela relatou uma redução notável para um nível 4. Essa melhoria, que não ocorria há pelo menos quatro anos, trouxe um alívio inesperado para a jovem. A mudança aconteceu após Carolina participar de uma nova fase em seu plano de tratamento, desenvolvido pelos especialistas da Santa Casa de Alfenas, em Minas Gerais.

Implante de bomba de infusão de fármacos

Recentemente, Carolina passou por uma cirurgia para o implante de uma bomba de infusão de fármacos, um avanço significativo no tratamento de dores crônicas. O dispositivo, inserido no abdômen da paciente, é conectado a um cateter que libera morfina diretamente no sistema nervoso central. O Dr. Carlos Marcelo de Barros, diretor clínico da Santa Casa de Alfenas e presidente da Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor (SBED), explica que esse método de administração permite um alívio mais eficaz e com menor dose de medicamento em comparação com as terapias orais.

"Com a bomba, os medicamentos são administrados diretamente nos receptores de dor próximos à coluna vertebral, reduzindo a necessidade de grandes doses e os efeitos colaterais associados aos tratamentos sistêmicos", afirma Dr. Carlos Marcelo de Barros, responsável pelo caso. 

A pior dor do mundo: conheça a história de pessoas com neuralgia do trigêmeo

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O sucesso do tratamento de Carolina destaca o potencial das novas abordagens tecnológicas no manejo da dor crônica - Sofia Pontes/g1 e Arquivo Pessoal.

Como a bomba funciona?

A bomba de infusão fornece morfina continuamente e também pode oferecer doses extras durante crises de dor, quando acionada pela paciente. Atualmente, as doses extras representam apenas 1/6 da dose total diária, e a equipe médica está ajustando a quantidade ideal para Carolina para maximizar o alívio da dor.

Além do implante da bomba de morfina, Carolina continua a utilizar eletrodos que foram inseridos em uma etapa anterior do tratamento. Esses eletrodos fazem parte de um sistema de neuromodulação que auxilia no controle da dor ao interferir nas vias nervosas responsáveis pela percepção da dor.

O sucesso do tratamento de Carolina destaca o potencial das novas abordagens tecnológicas no manejo da dor crônica. A combinação de técnicas avançadas com terapias complementares pode transformar a vida de pacientes que lutam contra condições dolorosas debilitantes. 

O ajuste da bomba de infusão para a dose ideal é um processo complexo que envolve a colaboração entre pacientes e profissionais de saúde. A dedicação dos especialistas em refinar essa terapia é fundamental para maximizar os benefícios e garantir a eficácia do tratamento a longo prazo.

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