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6 orientações para cuidado das crianças que não podemos esquecer!

No artigo de hoje, tiro as principais dúvidas e dou algumas dicas sobre a saúde respiratória na infância.

por Dra. Maura Neves
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Publicado em 20/08/2024, às 20h10

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Criança resfriada ilustração - FREEPIK
Criança resfriada ilustração - FREEPIK

Ronco, rinite, carne esponjosa, desvio de septo, excesso de catarro… Esses são apenas alguns dos problemas relatados por pais nas consultas comigo. E com a volta às aulas todos eles vieram juntos.  

Na leitura de hoje falo um pouco das principais queixas e dúvidas que ocorrem e dou algumas dicas sobre o que fazer. Confere abaixo:

Em crianças, é comum que a sinusite não ocorra sozinha

Hoje em dia chamamos de rinossinusite todos os processos inflamatórios da mucosa de revestimento da cavidade nasal e dos seios paranasais. Isso está relacionado a uma reação a algum agente físico (mudanças de temperatura), químico (poluição ambiental) ou biológico (bacteriano, fúngico ou viral) ou alérgico. Assim, além de atingir os seios da face o nariz também é acometido. Muitas vezes ela se estende, ainda, a outras áreas como os ouvidos. Nesses casos, é importante sempre higienizar bem o nariz, investigar possíveis alergias e consultar um otorrinolaringologista para tratamento clínico ou intervenção cirúrgica.

O cuidado ambiental é um dos principais tratamentos para a rinite alérgica

Inicialmente é importante que seja identificado o que causa essa alergia. Na maioria dos casos, é o que está mais próximo, como poeira doméstica, ácaros, fungos, saliva, pelos e penas de animais. Por isso, é necessário fazer o controle ambiental com a higienização correta do ambiente e das roupas, bem como o uso de roupa de cama antialérgica. E, em paralelo, tratar os sintomas com o uso de medicações como antialérgico, spray nasal ou até imunoterapia por meio de vacinas específicas, nos casos mais persistentes.

Não existe idade para fazer a retirada da adenoide, mas sim necessidade

A adenoide ou carne esponjosa é um conjunto de tecidos linfáticos, localizados na região entre a garganta e o nariz, responsável pela defesa do corpo contra microrganismos. No entanto, ela pode crescer, inchar e inflamar e gerar sintomas que indiquem preocupação. Entre eles, apneia noturna, ronco frequente, dificuldade respiratória, bem como quadros de otite e rinossinusite de difícil tratamento. Nesses casos, e seguindo indicação médica, a cirurgia é aconselhada, independentemente da idade, para melhorar a qualidade de vida.

O excesso de cera de ouvido pode afetar a audição

A cera de ouvido, ao ficar acumulada no canal auditivo, pode pressionar a membrana do tímpano e impedir que o som seja transmitido de forma eficaz, gerando a perda temporária da audição ou dificuldade de escutar. No geral, não é aconselhado o uso de hastes flexíveis, pois a cera pode ser empurrada para dentro, dificultando ainda mais a audição, ou uma movimentação brusca pode gerar uma perfuração no tímpano. A orientação é higienizar diariamente com toalha, se necessário, encaminhar a criança a um otorrinolaringologista para limpar de forma segura.

A cirurgia de desvio de septo deve ser realizada com indicação precisa em crianças

Por estarem em fase de crescimento, a cirurgia de desvio de septo deve ser realizada com indicação precisa. Em decorrência do crescimento nasal incompleto abordagens em cartilagem ou osso devem ser bem avaliadas. Por outro lado, manter o desvio significa manter uma obstrução nasal que também traz prejuízos ao crescimento facial, bucal e dentário. Vale ressaltar que, com as tecnologias atuais, é possível uma cirurgia conservadora com resultado efetivo. Bem como a adenoide, não existe idade mínima, mas necessidade!

Troca de letras durante a alfabetização pode ir direto para a terapia fonoaudiológica

A terapia com a fonoaudióloga deve ser indicada como tratamento e após uma avaliação médica. Não há como indicar um tratamento sem investigar as possíveis causas do problema. Nestes casos avaliações auditivas, visuais, de sono, respiratórias e etc. devem ser feitas previamente.

Assim, temos maior certeza sobre a efetividade do tratamento fonoterápico.

Fiquem atentos e, na dúvida, consultem um otorrinolaringologista.

Dra. Maura Neves, Otorrinolaringologista e Colunista de AnaMaria Digital.