Pesquisadores da Universidade de Brasília (UnB) identificaram no veneno de marimbondo propriedades capazes de combater células tumorais
Redação Publicado em 09/09/2024, às 17h00
Uma descoberta promissora pode revolucionar o tratamento do câncer. Pesquisadores da Universidade de Brasília (UnB) identificaram no veneno de marimbondo Chartergellus communis propriedades capazes de combater células tumorais, abrindo novas perspectivas para o desenvolvimento de medicamentos mais eficazes. A bióloga Márcia Mortari, motivada por sua própria experiência com a doença, liderou a pesquisa que pode mudar o futuro da oncologia.
Após superar um câncer de mama, a pesquisadora dedicou sua vida à busca por novas terapias contra a doença. A descoberta do potencial antitumoral do veneno de marimbondo é o resultado de anos de pesquisa e dedicação.
Estudos em laboratório demonstraram que a substância presente no veneno de marimbondo Chartergellus communis é capaz de destruir células de câncer de mama e melanoma. A proteína chartergellus-CP1, presente no veneno, tem se mostrado particularmente eficaz no combate às células tumorais.
O segredo por trás desse poder antitumoral está em uma proteína específica presente no veneno, chamada chartergellus-CP1. Essa proteína funciona como uma espécie de "missilex inteligente", capaz de identificar e atacar células cancerígenas de forma precisa.
Ainda que os estudos estejam em andamento, os pesquisadores já identificaram alguns dos mecanismos pelos quais a chartergellus-CP1 atua:
Os testes em laboratório realizados pela equipe da pesquisadora Márcia Mortari demonstraram resultados promissores. A proteína chartergellus-CP1 mostrou-se eficaz na destruição de células de câncer de mama e melanoma, sem causar danos significativos às células saudáveis.
A descoberta do potencial antitumoral do veneno de marimbondo representa um grande avanço, mas ainda há um longo caminho a percorrer até que a substância possa ser utilizada em tratamentos clínicos. A equipe de pesquisadores da UnB está trabalhando em parceria com farmacêuticas para desenvolver um medicamento seguro e eficaz a partir da proteína chartergellus-CP1.
É importante ressaltar que os resultados obtidos em laboratório são muito promissores, mas não garantem a eficácia da substância em seres humanos. Novas pesquisas são necessárias para confirmar os resultados e desenvolver um tratamento seguro e eficaz para os pacientes com câncer.
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