'Parece catapora', diz Ana Clara Lima em desabafo sobre doença autoimune

Ana Clara Lima, 27 anos, compartilhou no Instagram na última segunda-feira (2) um desabafo sobre seu diagnóstico de psoríase, uma doença crônica e autoimune que afeta entre 1% e 3% da população mundial. Isso equivale a cerca de 125 milhões da população, de acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).

A apresentadora, atualmente à frente do novo reality show da TV Globo, 'Estrela da Casa', relatou em uma série de vídeos que descobriu novas manifestações da condição, conhecida por causar lesões avermelhadas e descamativas na pele. "Semana retrasada, encontrei três novas lesões no corpo, duas no rosto. Parece uma catapora", revelou Ana Clara Lima.

Dois anos após um tratamento intensivo, Ana Clara acredita que o estresse pode ter contribuído para o surgimento dessas novas lesões. "Percebo que, qualquer coisa que sobrecarregue meu organismo, a psoríase volta", disse ela.

Apesar de estar em um período feliz de sua vida, Ana Clara comentou sobre como seu corpo ainda reage negativamente. "Hoje, eu estou vivendo um momento muito feliz da minha vida... Eu estou muito feliz, faço tudo com muita felicidade. Mas é muito louco porque meu corpo não entende isso", desabafou.

Ela também comentou sobre o impacto emocional da psoríase: "Era algo que me desestabilizava muito, porque mexia muito com a autoestima também." Ana Clara destacou a importância de se manter vigilante devido à sua condição: "Tenho buscado cada vez mais formas de equilibrar essa tensão o tempo todo."

Para entender melhor sobre a psoríase, a Dra. Carla Presti, dermatologista e Gerente Médica da Mantecorp Skincare, elaborou um guia detalhado sobre a doença, abordando suas causas, tratamento e métodos de prevenção.

O que causa a psoríase?

A psoríase é uma doença inflamatória crônica e recorrente, com uma predisposição genética para o seu desenvolvimento. “Embora a causa exata não seja conhecida, há uma clara ligação com a genética e o histórico familiar. A doença é marcada por um processo inflamatório na epiderme, que acelera a proliferação celular, resultando nas lesões características”, explica a Dra. Carla.

Embora a causa da psoríase não seja completamente conhecida, a Dra. Carla sugere que um estilo de vida saudável pode ajudar a prevenir o surgimento da doença e auxiliar no seu tratamento. “Pessoas com histórico familiar ou que já têm psoríase devem evitar fatores que prejudicam a saúde, como o consumo de álcool, tabagismo, má alimentação e estresse”, finaliza a dermatologista.

Quais são os principais sinais e sintomas?

Os sintomas mais comuns da psoríase incluem placas vermelhas cobertas por escamas secas e esbranquiçadas, ressecamento da pele que pode causar sangramento, dor, sensação de queimação e coceira. “Os sinais e sintomas podem ser cíclicos, surgindo e desaparecendo em diferentes períodos. Em alguns casos, o estado emocional do paciente também pode desencadear novas lesões”, ressalta a especialista. A psoríase pode se manifestar em várias formas, como placas grandes, gutata, eritrodérmica, pustulosa, palmo-plantar e ungueal.

A doença é contagiosa?

A Dra. Carla esclarece que a psoríase não é contagiosa, desmistificando a ideia de que possa ser transmitida pelo toque ou compartilhamento de objetos. “Embora a causa exata da doença não seja completamente compreendida, sabemos com certeza que não é possível ser infectado pela psoríase através do contato físico”, afirma.

Qual é o tratamento?

O tratamento da psoríase varia conforme a gravidade da doença. “Com um tratamento eficaz, é possível controlar a condição e viver com uma pele praticamente sem lesões”, explica a dermatologista. Em casos mais leves, a hidratação da pele e o uso de medicamentos tópicos são recomendados.

Se essas medidas iniciais não forem suficientes, a fototerapia, que utiliza luz ultravioleta A (PUVA) ou B de banda estreita (NB-UVB), pode ser indicada. Em casos mais graves, são utilizados medicamentos orais como o acitretin, imunossupressores como o metotrexato e a ciclosporina, e, mais recentemente, medicamentos imunobiológicos.

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