Entenda tudo sobre o que é psoríase, a doença autoimune que afeta Beyoncé e Kim Kardashian
Publicado em 29/02/2024, às 08h00
Em uma entrevista dada por Beyoncé à revista Essence, a cantora revelou que sofre de uma doença crônica desde criança que afeta seu couro cabeludo. “A relação que temos com nossos cabelos é uma jornada profundamente pessoal. Desde passar a infância no salão da minha mãe até meu pai aplicar óleo no couro cabeludo para tratar minha psoríase”, refletiu.
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Apesar do debate sobre o que é psoríase, a doença não é rara. Vivendo com o distúrbio há mais de 15 anos, a empresária e modelo estadunidense Kim Kardashian mostrou, no fim de janeiro, algumas lesões que surgiram em seu corpo, devido à psoríase.
Beyoncé e Kim são apenas dois exemplos de uma doença que acomete cerca de 5% da população mundial, o que equivale a 125 milhões de pessoas. Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), a psoríase atinge mais de cinco milhões somente no Brasil e interfere na estética e na qualidade de vida do paciente.
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Segundo a dermatologista Priscilla Pereira, a psoríase é uma doença crônica inflamatória da pele. Em entrevista à AnaMaria, a médica explica que a manifestação pode acontecer através de placas avermelhadas, descamativas, que são distribuídas pelo corpo, muitas vezes de forma simétrica.
Porém, ainda é comum aparecer nos cotovelos, joelhos, região lombar e, muitas vezes, nas áreas de atrito do corpo, como entre as pernas. Também pode ocorrer exclusivamente no couro cabeludo, como é o caso da artista, ou na palma das mãos e nas plantas dos pés.
Priscilla explica que, por conta das escamas e aparência vermelha na pele, muitos imaginam que a psoríase é contagiosa. “É uma doença que gera desconforto e coceiras. No couro cabeludo, caem ‘casquinhas’ pela roupa e interfere na qualidade de vida da pessoa, mas não é [contagiosa]”, afirma Priscila.
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Apesar do caso de Beyoncé ser chamado de psoríase capilar por afetar somente o couro cabeludo, os sintomas da psoríase podem ser bastante diversos. O mais comum são as placas avermelhadas e descamativas pelo corpo, mas podem surgir outros, dependendo do organismo, como:
Para obter um diagnóstico, Priscilla recomenda a procura de um dermatologista, que fará a avaliação técnica e, em alguns casos, poderá realizar uma biópsia. Depois, o especialista indicará o melhor tratamento.
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De acordo com a profissional, a psoríase não tem cura, mas há opções de tratamento para amenizar e controlar os sintomas. Pereira recomenda o uso de pomadas, hidratantes e, até, fototerapia: “A luz do sol age de forma anti-inflamatória na pele e, por isso, cabines de fototerapia são utilizadas para o tratamento e controle [da psoríase].”
Em casos mais sérios ou naqueles em que os sintomas estão mais disseminados pelo corpo, as opções de tratamentos passam a ser orais. “Muitas vezes, é utilizado o uso de medicações imunossupressoras ou imunobiológicas, que também atuam na diminuição da inflamação”, conta a dermatologista.
A médica também faz um alerta para piora nos sintomas e crises de psoríase relacionadas ao estresse ou à falta de hábitos saudáveis, como regulação das horas de sono, alimentação balanceada e a prática regular de exercícios físicos.
“É comum que pacientes com psoríase tenham alterações de pressão, diabetes e predisposição maior a doenças cardíacas. Então, melhorar o hábito de alimentação, com uma dieta rica em antioxidantes para reduzir a inflamação corporal e atividades físicas moderadas são sempre recomendadas”, explica.
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