Para quem tem pet idoso em casa, é essencial adaptar a rotina e buscar o acompanhamento veterinário para garantir a saúde e bem-estar do animal
Publicado em 29/09/2024, às 09h30
Assim como seres humanos, os animais também passam pelo envelhecimento. Muitas vezes, os sinais de que você tem um pet idoso em casa são sutis e fáceis de ignorar. Porém, entender essas mudanças é fundamental para garantir que seu companheiro viva com saúde e bem-estar na terceira idade.
Ou seja: se você já tem um animal de estimação em casa há alguns anos, ligue o alerta para não deixar a nova fase da vida passar despercebida. Identificar esses sinais garante que seu pet idoso tenha uma velhice saudável e tranquila, do jeito que merece.
Mas como saber o momento em que seu bichano entrou na fase idosa? Para as pessoas, os fios brancos no cabelo e a falta de disposição são sinais claros. Já cães e gatos, que são espécies distintas, têm um relógio biológico distintos. Há diferenças até mesmo entre as raças.
A percepção do tempo entre humanos e animais de estimação não é a mesma. A crença popular de que um ano de vida de um cachorro equivale a sete anos humanos é um ponto de partida, mas a realidade é um pouco mais complexa.
Fatores como porte, raça e genética influenciam diretamente a longevidade e o ritmo de envelhecimento deles. Nos cães, por exemplo, os animais de raças menores tendem a viver mais do que os de raças maiores. Por outro lado, os gatos costumam ter uma longevidade mais uniforme.
De maneira geral, é possível separar os pets idosos em algumas classificações:
Em termos comparativos, a vida dos felinos significa: o primeiro ano de vida do gato equivale a 15 anos humanos. O segundo ano de vida do gato equivale a 10 anos humanos A partir do terceiro ano de vida, cada ano do gato equivale a 4 anos humanos.
Agora que você já sabe a idade humana para dos animais domésticos preferidos, o reconhecimento de sinais que os anos estão passando pode ser mais fácil. Outro facilitador é que boa parte desses sintomas também são comuns aos humanos.
A seguir, AnaMaria lista os principais sinais que indicam que seu cão ou gato já é um pet idoso.
1. Diminuição da energia e fadiga constante: com o passar dos anos, é natural que o pet apresente uma redução em sua disposição. Eles começam a se cansar mais rápido durante caminhadas ou brincadeiras, preferindo longos períodos de descanso.
2. Dificuldades de locomoção: o aparecimento de problemas nas articulações, como artrite, é comum em cães e gatos idosos. Subir escadas, saltar ou mesmo caminhar pode se tornar um desafio.
3. Mudanças no apetite: assim como acontece com os humanos, os pets podem ter uma alteração no apetite, seja uma diminuição significativa ou, em alguns casos, um aumento incomum.
4. Aumento na frequência de doenças: Com a idade avançada, o sistema imunológico dos pets se torna mais vulnerável, tornando-os mais suscetíveis a doenças. Problemas cardíacos, renais, dentários e câncer são mais comuns.
5. Alterações comportamentais: A confusão mental e o desorientamento podem ser sintomas de disfunção cognitiva, uma espécie de demência em cães e gatos. Eles podem parecer desorientados, esquecer comandos básicos ou até mesmo ter dificuldades para se localizar em casa.
6. Problemas de visão e audição: a perda gradual da visão e da audição é comum em pets mais velhos. Você pode notar que seu cachorro ou gato se assusta com facilidade ou tem dificuldade para responder ao chamado do tutor.
7. Mudanças no peso: a obesidade ou a perda de peso podem ocorrer devido a mudanças metabólicas. O metabolismo dos pets idosos é reduzido, o que pode resultar em ganho de peso, enquanto algumas doenças podem causar emagrecimento.
8. Pelagem mais fina ou esbranquiçada: assim como os humanos, os pets também podem apresentar pelos grisalhos à medida que envelhecem. A textura da pelagem pode se tornar mais fina e opaca.
9. Dificuldade para se higienizar: gatos idosos, em especial, podem começar a ter dificuldades para manter sua higiene pessoal devido a problemas articulares ou até mesmo falta de energia.
Ter um animal doméstico já requer uma série de cuidados, que são ainda mais criteriosos para quem tem pets idosos. Da alimentação saudável até os exercícios diários: uma vida confortável e feliz depende do acompanhamento dos tutores.
Isso sem esquecer das consultas veterinárias regulares. Ao contrário dos pets mais jovens, que geralmente precisam de uma ou duas visitas ao veterinário por ano, animais idosos devem passar por exames mais frequentes. Assim, é possível detectar precocemente qualquer problema de saúde.
Por fim, facilitar a vida do pet idoso dentro de casa é essencial. Para isso, um ambiente adaptado é fundamental. Coloque camas confortáveis em locais de fácil acesso, evite escadas e certifique-se de que eles têm água fresca e comida ao alcance.