Letícia Colin revelou, em entrevista ao Gshow, alguns desafios na criação do filho, Uri, fruto do relacionamento com Michel Melamed. De acordo com ela, a intenção do casal é que o pequeno se torne “mais livre e mais humano”, sem os estigmas da masculinidade tóxica.
“Ter um filho menino e poder combater da raiz essa questão da masculinidade tóxica, com esses valores endurecidos que a gente ainda vê muito nos homens. Criados à distância dos próprios sentimentos, essa ode à força física, violência. Me deixa mais potente nessa possibilidade transformadora, como pais, como educadores, de transformar a sociedade”, começou Letícia Colin.
A atriz também relembrou o momento da pandemia e o quanto isso impactou a família: “Meu filho tinha três meses quando a pandemia começou e foi algo muito radical. E é muito mais desafiador você criar uma criança isolada do mundo, porque nós somos seres sociais. O ser humano é feito para isso, ainda mais vivendo a experiência dessa construção de família, quando vem um bebê. E a gente foi ceifado desse direito, todos nós. Foi muito sofrido viver com medo, com a sensação de angústia e tristeza. Foi bem desafiador”.
“O nosso esforço, a nossa intenção, é para que ele seja o cara da palavra, da cultura, da conversa, dos sentimentos, das criações. Que ele leve o potencial dele para o universo da arte, da cultura, da criatividade. A gente percebe muitos amiguinhos da mesma idade, na turma da escola, que é uma nova geração que está vindo por aí: mais livre, humana, acessível e afetável”, finalizou ela.
Letícia Colin vem se destacando por seu papel de vilã na novela ‘Todas as Flores’, do Globoplay, na qual interpreta Vanessa, irmã da protagonista Maíra (Sophie Charlotte) que faz de tudo para se livrar dela.
PERIGO
Letícia Colin participou do programa ‘Encontro’, da TV Globo, e comentou sobre a tragédia que aconteceu em São Paulo, quando um aluno esfaqueou um estudante e quatro professoras.
A famosa, que tem um filho de 3 anos, o Uri, deu a sua opinião sobre normalização de armas de fogo pela população. “Acho muito perigosa essa conexão heroica e de poder com as armas, isso é uma construção muito basal”, iniciou.
Em seguida, ela complementou dizendo que quando você dá uma arma a um menino porque ele tem que ser um macho-alfa, predador, está incutindo nele que isso é um comportamento natural.
“Fico colérica, porque tenho um filho menino e já tem brinquedos muito pequenos nesse sentido. O que estamos naturalizando para essa criança? Tem a internet, os games [jogos eletrônicos] e como isso se dissemina, se não ficarmos atentas”, finalizou.