Queda de speed fly reacende a discussão sobre a prática de esportes radicais — saiba o que atrai tantas pessoas para essas modalidades
No último domingo (3), um homem de 50 anos morreu ao sofrer um acidente de speed fly na Pedra Bonita, em São Conrado, Rio de Janeiro. Ele praticava a modalidade que envolve velocidade com um equipamento semelhante ao de um pequeno paraquedas. O acidente ocorreu logo após a decolagem, por volta das 10h, quando a vítima tropeçou e desapareceu na mata.
Pouco depois das 13h40, os bombeiros encontraram o corpo, que estava em uma área de difícil acesso. Ainda não se sabe o motivo da queda.
Além do acidente de speed fly, outras práticas de esportes radicais também registraram tragédias recentemente. No dia 26 de outubro, em Boituva, São Paulo, a paraquedista chilena Carolina Muñoz Kennedy, conhecida como Carito, morreu durante um salto no centro de paraquedismo da cidade; entenda o que provocou o acidente.
Experiente no esporte e com registro na Confederação Brasileira de Paraquedismo, Carito não resistiu aos ferimentos após o impacto. No último domingo (3), uma turista de 24 anos faleceu durante um salto de bungee jump no Parque Ecológico de Campo Magro, Paraná. A jovem, que participava de uma excursão, foi encontrada já sem vida em uma área de pedras.
O acidente de bungee jump ocorreu no ponto turístico conhecido como Lagoa Azul, um local muito procurado para esportes radicais. O bungee jump, que envolve saltar preso a uma corda elástica projetada para amortecer a queda, exige condições de segurança rigorosas. Os responsáveis pela atividade tentaram prestar socorro, mas a jovem não resistiu. A tragédia reacendeu a atenção sobre a segurança de atividades tão procuradas.
A prática de esportes radicais, como o speed fly, bungee jump e o paraquedismo, atrai muitos adeptos que buscam na adrenalina e no contato com a natureza uma forma de lazer única e intensa. Mas, além da emoção do risco, esses esportes envolvem vários aspectos que ajudam a entender sua popularidade:
Adrenalina e prazer: a liberação de dopamina e adrenalina no cérebro durante a prática de esportes radicais gera um intenso prazer e sensação de motivação. Essa química cerebral cria uma experiência única para quem pratica.
Desafios e autoconhecimento: enfrentar o medo e superar desafios pessoais é uma busca frequente entre os praticantes de esportes radicais. Para muitos, essas atividades se tornam uma jornada de autoconhecimento e força.
Contato com a natureza: os esportes ao ar livre proporcionam uma oportunidade de escape do cotidiano urbano, permitindo apreciar paisagens e o ar livre enquanto se experimenta uma nova sensação de liberdade.
Sensação de conquista: vencer o medo e cumprir o desafio proporciona uma sensação de superação e conquista, algo que atrai quem busca esse tipo de experiência.
Benefícios para a saúde: embora arriscados, os esportes radicais podem trazer benefícios como maior flexibilidade, resistência física e coordenação motora, contribuindo para o bem-estar físico.
Bem-estar e liberdade: a liberdade sentida nesses momentos de adrenalina oferece um profundo bem-estar e motivação, aspectos que se refletem na vida pessoal e nas relações sociais.
Interação social: praticar esportes radicais em grupo fortalece os laços entre os praticantes e cria uma comunidade de apoio e incentivo, essencial para quem decide se aventurar nesses esportes.
Esses fatores, aliados ao desejo de superação, ajudam a explicar a busca por atividades tão desafiadoras, como o speed fly, bungee jump e paraquedismo. A segurança e a regulamentação são indispensáveis para que esses esportes sejam praticados com responsabilidade, mas os riscos envolvidos continuam sendo uma parte importante da experiência que, para muitos, vale o desafio.
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