Como acontece com muitos adolescentes, a atriz Daphne Bozaski descobriu que tinha miopia quando estava na escola, por não conseguir enxergar direito o que a professora escrevia no quadro. E foi por meio de um exame, que ela finalmente recebeu o diagnóstico de que precisaria usar óculos.
“Percebi, no colégio, quando tinha 16 anos, que não conseguia enxergar as escritas no quadro. Tenho familiares com graus elevados de miopia, então acho que geneticamente puxei esse lado da família. Eu cheguei a ter 4 graus”, conta Daphne, em entrevista à AnaMaria Digital.
Convivendo com o uso de óculos e lentes de contato desde então, recentemente ela resolveu fazer a cirurgia de correção para ter mais liberdade e praticidade no seu dia a dia. Apesar de bem adaptada com os óculos, eles acabavam atrapalhando sua rotina. “Tanto para apresentar peças de teatro quanto para gravar, muitas vezes eu tinha que colocar lente, pois não enxergava a outra atriz ou ator”, explica.
Com o tempo, o grau aumentou e tudo ficou mais incômodo: a lente de contato, muitas vezes, saía do olho. “Sem falar nos cuidados de higiene, para não ter nenhuma infecção. Com o tempo, esse processo de ter que usar lente e óculos foi cansando. Por isso, fui atrás para saber se seria possível fazer a cirurgia”, diz Daphne.
TÉCNICA MODERNA
Em maio deste ano, a atriz realizou um procedimento chamado PRK, que serve para modificar ou moldar a curvatura da córnea e corrigir a miopia. Realizado por meio da aplicação de laser na superfície corneana, o procedimento foi feito no H.Olhos-Vision One, em São Paulo (SP), pelo médico oftalmologista Edvaldo Figueirôa, especialista em Cirurgia Refrativa.
“O PRK é a mais superficial das técnicas. Mas como todas elas levam em consideração fatores individuais de anatomia, espessura, curvatura, perfil corneanos além da expectativa é grau do paciente”, explica Figueirôa. Segundo ele, o procedimento é extremamente rápido e aplicação leva alguns segundos, utilizando a chamada anestesia tópica, que faz uso de colírio anestésico. Com isso, não há necessidade de sedação.
A cirurgia foi feita nos dois olhos, no mesmo dia, e durou cerca de cinco minutos. “Estava bem animada, mas, quando chegou a hora, confesso que fiquei com um receio, pois me dei conta que iria ver todo o procedimento cirúrgico. Mas como o próprio Dr. Edvaldo falou, fiquei tão quietinha que a cirurgia foi super-rápida. Minhas mãos ficaram geladas de medo, mas é tão incrível essa tecnologia, que, em menos de 5 minutos, já tinha acabado. Saí supertranquila, feliz, e até mesmo conseguindo enxergar bem”, conta Daphne.
RECUPERAÇÃO
O pós-operatório envolve usos de medicamentos para diminuir o desconforto. A recuperação é tranquila, exige a utilização de colírios com antibióticos e anti-inflamatórios. “Também é aconselhável ficar em casa por três a quatro dias, mas não há restrições quanto a alimentação, uso de computadores, leitura ou assistir à TV”, explica o oftalmologista.
Daphne diz que seguiu todas as recomendações médicas, com uso dos colírios receitados e um tipo de tampão na hora de dormir, para evitar que, durante a noite, coçasse os olhos. “Esse foi um dos cuidados mais importantes, pois sem querer podemos colocar a mão nos olhos enquanto dormimos. A parte mais difícil no pós-operatório é a luminosidade, pois os olhos ficam muito sensíveis. Então, usei óculos de sol diariamente, mesmo dentro de casa, evitei assistir por muito tempo à TV e celular nos primeiros dias, para não forçar a visão”, conta.
Aos poucos, a visão da atriz foi desembaçando e ela passou a enxergar melhor. “Quando você percebe que não precisa mais se preocupar com óculos ou lente, a sensação é incrível! Hoje, já faz um mês da cirurgia e estou enxergando super bem. A rapidez no atendimento e na hora de marcar a cirurgia contou muito. Como estou entre projetos, precisava fazer com uma certa urgência a cirurgia. Essa agilidade e competência de toda equipe foi fundamental durante todo o processo”, relembra Daphne.
QUANTO CUSTA?
Para saber quanto é o valor para fazer uma cirurgia do tipo, é preciso agendar uma consulta com os especialistas. No entanto, tudo depende do grau de miopia do paciente e também da técnica utilizada para a correção.