Estima-se que uma em cada três pessoas terá Herpes Zoster em algum momento da vida, especialmente em idades mais avançadas; entenda a doença
A Herpes Zoster é uma infecção viral que afeta principalmente adultos e idosos, causando lesões dolorosas na pele e uma série de desconfortos. Popularmente conhecida como "cobreiro", essa doença ocorre quando o vírus Varicela-Zoster, responsável pela catapora, é reativado no organismo. Estima-se que uma em cada três pessoas terá Herpes Zoster em algum momento da vida, especialmente em idades mais avançadas ou em situações de imunidade baixa.
O contágio pode gerar impactos significativos na qualidade de vida, uma vez que a dor causada pela infecção é intensa e persistente. Neste artigo, AnaMaria te ajuda a entender o que é a Herpes Zoster, quais são seus principais sintomas, formas de tratamento e a importância da vacina para sua prevenção. Confira a seguir.
A Herpes Zoster é uma infecção causada pelo mesmo vírus da catapora, o Varicela-Zoster. Após uma pessoa contrair catapora, geralmente durante a infância, o vírus permanece "adormecido" no corpo, mais especificamente nas células nervosas. Anos mais tarde, especialmente em momentos de baixa imunidade, esse vírus pode ser reativado, dando origem ao quadro de Herpes Zoster.
A condição não é a mesma que o herpes labial ou genital, pois resulta de uma infecção anterior pelo vírus da catapora. A reativação desse vírus desencadeia uma série de sintomas específicos e dolorosos, que podem durar semanas ou até meses.
Os sintomas da Herpes Zoster geralmente começam com uma sensação de formigamento, coceira e queimação em uma determinada região do corpo, normalmente em apenas um lado, seguindo o caminho de um nervo. Outros sintomas podem incluir:
Em alguns casos, especialmente em pessoas mais velhas, a Herpes Zoster pode desencadear uma complicação chamada neuralgia pós-herpética, uma dor que persiste por meses ou até anos após a cura das erupções. Essa condição é bastante debilitante e exige acompanhamento médico contínuo.
O diagnóstico de Herpes Zoster é, em geral, clínico, feito pelo médico com base nos sintomas apresentados e no exame físico das lesões. Em alguns casos, exames laboratoriais específicos podem ser realizados para identificar o vírus Varicela-Zoster e confirmar o diagnóstico, especialmente quando os sintomas são atípicos ou em pacientes com condições imunológicas comprometidas.
O tratamento da Herpes Zoster visa aliviar a dor e acelerar a recuperação das lesões cutâneas. Os medicamentos mais usados incluem:
Além desses tratamentos, o paciente deve manter as áreas afetadas limpas e evitar o contato direto com pessoas que nunca tiveram catapora ou que têm o sistema imunológico enfraquecido, como bebês, gestantes e imunossuprimidos.
A vacinação é uma das formas mais eficazes de prevenir a Herpes Zoster, especialmente em pessoas acima de 50 anos, que estão no grupo de maior risco. A vacina conhecida como Shingrix, desenvolvida especificamente para proteger contra a reativação do vírus Varicela-Zoster, tem se mostrado bastante eficaz. Ela pode reduzir significativamente o risco de desenvolver a doença e, principalmente, diminuir a chance de complicações como a neuralgia pós-herpética.
A vacina contra a Herpes Zoster é administrada em duas doses, com um intervalo de dois a seis meses entre elas. Ela não é indicada para pessoas que têm imunidade muito baixa ou que já estão com a infecção ativa, mas é recomendada para adultos saudáveis e idosos.
Como toda vacina, a Shingrix pode causar alguns efeitos colaterais leves, como dor no local da aplicação, febre leve, fadiga e dor muscular. Esses efeitos costumam desaparecer em poucos dias e, em geral, são bem tolerados.
No Brasil, o custo da vacina contra a Herpes Zoster pode variar, girando em torno de R$ 500 a R$ 800 por dose, dependendo do local e da região. Infelizmente, a vacina ainda não é oferecida pelo SUS e, portanto, deve ser adquirida em clínicas particulares de vacinação.
A recomendação geral é que adultos a partir de 50 anos, ou pessoas com o sistema imunológico comprometido, tomem a vacina contra a Herpes Zoster. Pacientes com histórico de herpes zoster ou neuralgia pós-herpética também podem se beneficiar da vacinação, pois ela reduz o risco de novas crises.
Com o avanço da ciência, a vacina tem se mostrado uma ferramenta essencial para prevenir essa condição, protegendo o organismo contra a reativação do vírus Varicela-Zoster e, assim, evitando possíveis crises e sequelas. O tratamento, quando necessário, deve ser realizado o quanto antes, com acompanhamento médico, para garantir o alívio dos sintomas e a recuperação rápida.
Investir na prevenção e buscar orientação médica logo nos primeiros sintomas da Herpes Zoster são passos essenciais para garantir uma vida mais saudável e sem complicações dolorosas.
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