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Fim das gotinhas: vacina da poliomielite é substituída por dose injetável

Novo formato da vacina poliomielite traz mais segurança para as crianças: saiba mais sobre o fim das gotinhas e veja o que muda na vacinação infantil

Redação Publicado em 04/11/2024, às 14h00

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Entenda o final das gotinhas e saiba o futuro do Zé Gotinha - Tânia Rêgo/Agência Brasil
Entenda o final das gotinhas e saiba o futuro do Zé Gotinha - Tânia Rêgo/Agência Brasil

A partir desta segunda-feira (4) o Ministério da Saúde coloca em prática uma mudança importante: as duas doses de reforço da vacina oral poliomielite bivalente (VOPb), as famosas gotinhas, serão substituídas por uma única dose da vacina inativada poliomielite (VIP). Com isso, o esquema vacinal contra a poliomielite será totalmente realizado com a vacina injetável, entenda!

É importante destacar que o querido Zé Gotinha continuará a trabalhar em prol da vacinação, mesmo com essa mudança.

Novo esquema vacinal

O novo esquema vacinal traz simplificações. Agora, as crianças receberão três doses da VIP aos 2, 4 e 6 meses, além de um reforço aos 15 meses. Portanto, as gotinhas darão lugar a um formato mais seguro e eficaz. Veja a seguir como ficará!

  • Primeira dose: aos 2 meses;
  • Segunda dose: aos 4 meses;
  • Terceira dose: aos 6 meses;
  • Reforço: aos 15 meses.
Zé Gotinha seguirá ativo nas campanhas de vacinação, mesmo com o fim das gotinhas
Zé Gotinha seguirá ativo nas campanhas de vacinação, mesmo com o fim das gotinhas - José Cruz/Agência Brasil

Por que as gotinhas vão acabar?

Essa mudança segue uma tendência global e foi amplamente discutida em reuniões com especialistas e representantes de diversas organizações de saúde. Segundo Renato Kfouri, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), a vacina em gotinhas foi fundamental para a imunização no Brasil, que está há 34 anos sem casos da doença.

A vacina oral era excretada nas fezes e ajudava a imunizar não apenas as crianças vacinadas, mas também aquelas que não participavam das campanhas. De acordo com Kfouri, hoje, essa estratégia não faz mais sentido, já que o vírus selvagem da poliomielite está restrito a apenas dois países: Afeganistão e Paquistão.

Ele reforça que a nova vacina injetável é segura e já faz parte do calendário de imunizações. "Não houve mudanças nas recomendações de prevenção. As crianças precisam ser vacinadas. A paralisia só ocorre em quem não é vacinado", disse ao g1. Assim, o fim das gotinhas representa um avanço importante na luta contra a poliomielite, garantindo mais proteção para nossos pequenos.

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