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Já acordou no susto? Descubra o mistério da síndrome da cabeça explosiva

Barulhos na mente: síndrome da cabeça explosiva não representa perigo, mas pode ser bem desconfortável — saiba como esse fenômeno pode afetar o sono

Da Redação Publicado em 17/09/2024, às 17h30

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Descubra o mistério da síndrome da cabeça explosiva - Imagem │Freepik
Descubra o mistério da síndrome da cabeça explosiva - Imagem │Freepik

Imagine estar quase pegando no sono e, de repente, ser acordada por um barulho alto, como se algo explodisse dentro da sua cabeça. Embora não seja algo muito comum, isso pode ser um sinal da síndrome da cabeça explosiva. Esse é um distúrbio do sono pouco compreendido pela ciência.

A síndrome da cabeça explosiva faz parte de um grupo de distúrbios do sono conhecidos como parassonias, que incluem a temida paralisia do sono e os espasmos que nos dão aquela sensação de queda enquanto adormecemos. O nome causa curiosidade e até preocupação, mas a condição é inofensiva e, apesar do susto, geralmente não provoca dor.

Os episódios acontecem no momento de transição entre o estado de vigília e o sono. As pessoas relatam ouvir sons altos, como explosões, portas batendo ou tiros, que duram apenas alguns segundos e, o mais curioso, sem qualquer fonte externa. Para algumas, além dos sons, há também alucinações visuais, como flashes de luz, ou até sensações de calor intenso.

Apesar de ser uma experiência assustadora, a síndrome da cabeça explosiva não é tão rara. Estudos mostram que entre 11% e 17% das pessoas podem passar por isso em algum momento da vida, especialmente os jovens adultos. No entanto, a falta de dados mais abrangentes dificulta uma estimativa precisa de quantos realmente enfrentam essa condição.

O que pode causar a síndrome da cabeça explosiva?

Ainda não se sabe ao certo o que provoca a síndrome da cabeça explosiva, mas acredita-se que esteja relacionada aos processos cerebrais que ocorrem enquanto fazemos a transição para o sono. Normalmente, nosso cérebro começa a “desligar” algumas áreas, como as responsáveis pelos sentidos. No entanto, nesse distúrbio, pode haver um pequeno atraso ou falha nesse processo, o que gera os sons altos e repentinos que são percebidos, mesmo que não haja nenhum barulho real.

Já acordou no susto? Descubra o mistério da síndrome da cabeça explosiva
FreePik│Descubra o mistério da síndrome da cabeça explosiva

Além disso, fatores como estresse e insônia podem aumentar a probabilidade de episódios. Em alguns estudos, foi identificado que pessoas que passam por momentos de alta tensão emocional tendem a ter mais episódios de síndrome da cabeça explosiva, principalmente quando seus padrões de sono estão alterados.

A síndrome da cabeça explosiva é perigosa?

Apesar do nome deixar qualquer um com medo, a síndrome da cabeça explosiva não é perigosa e os episódios tendem a ser breves. A principal diferença entre essa condição e dores de cabeça, por exemplo, está na duração e na intensidade da dor. Enquanto dores de cabeça podem ser longas e causar grande desconforto, a SCE é rápida e geralmente não provoca dor, ou, se o faz, é algo muito leve e passageiro.

No entanto, o medo gerado pela experiência pode ser real. Em uma pesquisa recente, quase metade das pessoas que sofreram com a síndrome da cabeça explosiva relatou sentir medo moderado a intenso durante o evento. Alguns participantes também relataram altos níveis de angústia, especialmente quando os episódios aconteciam com frequência.

Como lidar com a síndrome da cabeça explosiva?

Embora ainda não existam tratamentos específicos, algumas práticas podem ajudar a reduzir a frequência dos episódios. Evitar dormir de barriga para cima, manter uma rotina de sono mais regular, fazer a higiene do sono e adotar técnicas de relaxamento, como a meditação, podem ser eficazes. Saber que a condição é inofensiva também traz alívio e ajuda a reduzir a ansiedade durante os episódios.

Em resumo, a síndrome da cabeça explosiva pode ser assustadora, mas não é motivo de preocupação. Se você já passou por essa experiência, o importante é lembrar que é algo comum e que, com alguns ajustes no seu sono, os episódios tendem a ser menos frequentes.

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