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Dermatite atópica: o que é, sintomas, como tratar e impactos na qualidade de vida

Popularmente conhecida como eczema, a dermatite atópica é uma doença crônica da pele que causa inflamação, ressecamento e coceira intensa

Marina Borges
por Marina Borges
[email protected]

Publicado em 17/09/2024, às 18h30

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Entenda o que é e como tratar a dermatite atópica - Freepik
Entenda o que é e como tratar a dermatite atópica - Freepik

A coceira incansável e a pele rachada transformam o dia a dia de milhões de pessoas em um verdadeiro pesadelo. A dermatite atópica, popularmente conhecida como eczema, é uma doença crônica da pele que causa inflamação, ressecamento e coceira intensa. Essa condição, que pode afetar pessoas de todas as idades, impacta significativamente a qualidade de vida, interferindo no sono, nas relações sociais e até mesmo na autoestima.

Mas o que causa essa inflamação persistente na pele? Quais são os fatores de risco? E como encontrar alívio para os sintomas? Neste artigo, AnaMaria aborda em detalhes o que é a dermatite atópica, quais são seus sintomas, como ela é diagnosticada e quais são as opções de tratamento disponíveis. Confira a seguir.

O que é dermatite atópica?

Também conhecida como eczema, a dermatite atópica é uma doença crônica da pele caracterizada por inflamação, coceira intensa e pele seca. Essa condição, que pode afetar pessoas de todas as idades, é mais comum em crianças e possui um componente genético.

A causa exata da dermatite atópica ainda não é totalmente compreendida, mas acredita-se que seja uma combinação de fatores, como:

  • Barreira cutânea alterada: a pele das pessoas com eczema tem uma barreira protetora enfraquecida, permitindo a entrada de alérgenos e irritantes;

  • Sistema imunológico hiperativo: o sistema imunológico reage de forma exagerada a estímulos, causando inflamação;

  • Fatores genéticos: a predisposição genética aumenta o risco de desenvolver a doença;

  • Fatores ambientais: alérgenos como pólen, ácaros e pelos de animais, além de irritantes como sabonetes e tecidos ásperos, podem desencadear ou agravar os sintomas.

Impactos na qualidade de vida

dermatite atópica
A dermatite atópica provoca coceira intensa e irritação na pele - Foto: Freepik

A dermatite atópica transcende os limites da pele, impactando profundamente a qualidade de vida de quem a possui. A coceira intensa e persistente, além das lesões visíveis, podem gerar um profundo desconforto físico e emocional. A dificuldade em encontrar roupas confortáveis, a necessidade de evitar determinados ambientes e a constante preocupação com a aparência da pele podem levar a um isolamento social e a uma diminuição da autoestima.

O sono, essencial para o bem-estar físico e mental, é frequentemente interrompido pela coceira, levando ao cansaço crônico e irritabilidade. A dermatite atópica também pode afetar a vida profissional, com a necessidade de adaptar as atividades e até mesmo solicitar adaptações no ambiente de trabalho. Crianças com a doença podem enfrentar dificuldades na escola, como bullying e dificuldades de concentração, devido ao desconforto e à necessidade de coçar constantemente.

Além dos aspectos físicos e sociais, o eczema pode desencadear problemas emocionais como ansiedade, depressão e estresse. A sensação de não ter controle sobre a doença e a busca constante por alívio podem gerar frustração e angústia. É fundamental que os pacientes com dermatite atópica recebam apoio psicológico para lidar com os desafios emocionais e melhorar sua qualidade de vida.

Sintomas da dermatite atópica

Os sintomas da dermatite atópica podem variar de pessoa para pessoa e em diferentes fases da doença. Os mais comuns incluem:

  • Coceira intensa: é o sintoma mais característico e pode levar a lesões na pele devido ao ato de coçar;

  • Pele seca e áspera: a pele fica ressecada, com aspecto escamoso e pode apresentar rachaduras;

  • Vermelhidão: a pele fica avermelhada e inflamada, principalmente nas áreas afetadas;

  • Pústulas: pequenas bolhas cheias de líquido podem aparecer, principalmente em bebês;

  • Espessamento da pele: em casos crônicos, a pele pode ficar espessa e com aspecto de couro;

  • Locais mais comuns: rosto, pescoço, dobras dos cotovelos e joelhos, mãos e pés.
dermatite atópica
O pescoço é um dos locais comuns de se ter dermatite atópica - Foto: Freepik

A localização e a gravidade dos sintomas podem variar ao longo do tempo, com períodos de melhora e piora.

Como tratar a dermatite atópica?

O tratamento da dermatite atópica visa controlar os sintomas, prevenir as crises e melhorar a qualidade de vida do paciente. As opções terapêuticas podem variar de acordo com a gravidade da doença e a idade do paciente.

Tratamentos tópicos

  • Hidratantes: essenciais para restaurar a barreira cutânea e aliviar a coceira;

  • Corticoides tópicos: reduzem a inflamação e a coceira;

  • Inibidores da calcineurina: impedem a liberação de substâncias que causam inflamação.

Tratamentos sistêmicos

  • Anti-histamínicos: aliviam a coceira;

  • Imunossupressores: utilizados em casos mais graves para controlar a inflamação;

  • Bioterápicos: medicamentos biológicos que modulam o sistema imunológico.

Outras medidas importantes

  • Evitar banhos muito quentes e longos: a água quente e o sabonete podem ressecar ainda mais a pele;

  • Utilizar roupas de algodão: evitar tecidos sintéticos que podem irritar a pele;

  • Identificar e evitar os fatores desencadeantes: cada pessoa tem seus próprios gatilhos, como alérgenos e irritantes;

  • Acompanhamento médico regular: é fundamental o acompanhamento de um dermatologista para ajustar o tratamento e monitorar a evolução da doença.

Importante: o tratamento da dermatite atópica deve ser individualizado e orientado por um médico dermatologista. A automedicação não é recomendada e pode agravar os sintomas.

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