O uso de Ozempic falso traz problemas graves e imediatos para o organismo; confira os cuidados necessários para garantir uma compra segura
Marina Borges Publicado em 12/11/2024, às 19h00
A crescente demanda pelo Ozempic falso traz sérios riscos à saúde. Este medicamento, amplamente utilizado para o tratamento do diabetes e controle de peso, tem sido alvo de falsificações que são vendidas em sites suspeitos e redes sociais. Canetas de Ozempic falsificadas frequentemente contêm insulina, em vez do princípio ativo semaglutida, o que pode provocar reações graves, como hipoglicemia severa e até risco de morte. Portanto, saber identificar uma caneta falsa é essencial para evitar esses perigos.
A seguir, AnaMaria destaca as principais diferenças entre a caneta de Ozempic verdadeira e as versões falsificadas, bem como os cuidados necessários para garantir uma compra segura.
Com algumas observações detalhadas, é possível identificar sinais de que a caneta de remédio, na verdade, se trata de um Ozempic falso. Confira alguns dos pontos principais:
Uma das formas mais eficazes de verificar a autenticidade do produto é observar a cor e o seletor de dose. A caneta verdadeira de Ozempic é azul clara e utiliza tracinhos para indicar as dosagens, sem numeração específica. Em contraste, canetas falsas geralmente são azul escuro e apresentam números, como 0, 2, 4, 6 e 8, no seletor. Essa diferença visual é um dos primeiros indícios de adulteração.
Outro fator essencial para evitar o uso de Ozempic falso é garantir a compra em estabelecimentos autorizados. Segundo especialistas, sites não licenciados e vendedores em redes sociais frequentemente oferecem medicamentos falsificados. Além disso, preços muito baixos em relação ao valor de mercado podem ser um indicativo de fraude. Para maior segurança, recomenda-se adquirir o Ozempic apenas em farmácias reconhecidas e autorizadas pela ANVISA.
A embalagem do Ozempic também pode denunciar falsificações. Canetas originais apresentam rótulos claros e sem rasuras, sempre no idioma local, sem adesivos ou instruções em outras línguas. Em alguns casos, versões adulteradas vêm com rótulos em idiomas estrangeiros ou embalagens danificadas. O Ozempic legítimo é comercializado em canetas pré-preenchidas, prontas para uso, sem refil ou adaptações que possibilitem o reuso.
O uso de Ozempic falso traz riscos graves e imediatos à saúde. Canetas adulteradas que contêm insulina, por exemplo, podem provocar episódios de hipoglicemia grave, especialmente em pessoas que não são diabéticas e que utilizam o medicamento para controle de peso. Esses episódios podem se manifestar com sintomas como suor intenso, visão turva, tontura, queda abrupta de pressão e arritmias. Em casos extremos, podem ocorrer convulsões e até risco de morte, principalmente se o quadro não for revertido a tempo.
Além disso, a exposição prolongada a produtos de procedência duvidosa pode provocar outras complicações de saúde, agravando ainda mais o quadro clínico do paciente. Em setembro de 2024, casos de falsificações foram registrados em diversas cidades brasileiras, incluindo Rio de Janeiro, Brasília, Anápolis, Curitiba e Belo Horizonte. Essa disseminação do produto adulterado reforça a importância de estar atento a esses sinais.
A Novo Nordisk, fabricante do Ozempic, mantém canais de atendimento para orientar os consumidores que desconfiam da procedência de suas canetas. Em casos de suspeita, é recomendado entrar em contato com o Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) da empresa, que pode auxiliar na verificação da autenticidade do produto. A ANVISA também trabalha em parceria com a Novo Nordisk para monitorar e combater a distribuição de medicamentos falsificados.
Denunciar suspeitas de falsificação contribui para proteger outras pessoas e ajuda a reduzir a circulação de produtos adulterados. Com isso, os consumidores podem se sentir mais seguros ao adquirir medicamentos essenciais para a saúde.
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