O procedimento foi recomendado pelo cirurgião da influencer para tratar o chamado “umbigo triste”; saiba mais sobre a abdominoplastia reversa
Marina Borges Publicado em 29/10/2024, às 21h00
A influenciadora Maya Massafera surpreendeu os seguidores ao anunciar que passará por uma abdominoplastia reversa, procedimento recomendado pelo seu cirurgião para tratar a flacidez abdominal e o chamado “umbigo triste”. Ela, que emagreceu cerca de 30 quilos para reduzir a massa muscular, relatou que essa perda de peso significativa resultou em uma barriga flácida, algo comum em casos de emagrecimento acentuado. Nesse contexto, a cirurgia surgiu como a melhor alternativa para corrigir essa flacidez, utilizando uma abordagem diferente da tradicional.
Mas afinal, o que é abdominoplastia reversa e como ela difere de outras intervenções na área abdominal? Esse procedimento é indicado para pessoas com pele flácida na região superior do abdômen, sendo uma técnica eficaz para melhorar o contorno corporal sem interferir na musculatura abdominal. Entenda abaixo como funciona, quem pode se beneficiar e quais são as vantagens dessa nova técnica que vem ganhando popularidade.
A abdominoplastia reversa é um procedimento cirúrgico que, diferente da abdominoplastia tradicional, atua para corrigir a flacidez da pele na parte superior do abdômen. Enquanto a abdominoplastia convencional envolve a remoção de pele e tecido da região inferior do abdômen, a reversa realiza o levantamento da pele da parte superior até a região das mamas. Essa abordagem é indicada para pessoas que possuem excesso de pele nessa área superior e que, muitas vezes, já realizaram outros procedimentos abdominais.
No caso de Maya Massafera, a decisão por esse procedimento foi orientada por seu cirurgião, que explicou que a técnica seria a mais indicada para o “umbigo triste” — uma condição em que a flacidez causa um caimento ao redor do umbigo, dando um aspecto esteticamente desfavorável à região abdominal.
Segundo Wendell Uguetto, cirurgião plástico da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e membro do Corpo Clínico do Hospital Albert Einstein, “‘umbigo triste’ é um termo leigo que descreve uma condição de flacidez na pele acima do umbigo, entre o sulco da mama e o umbigo, em que a pele acaba caindo sobre o umbigo, dando a impressão de uma ‘boquinha’ voltada para baixo”. Ele explica que, “quando essa flacidez é restrita à parte superior do abdômen, a abdominoplastia reversa pode ser a cirurgia mais indicada, pois remove o excesso de pele nessa região sem interferir na parte inferior”.
Esse procedimento se destaca por descolar a pele desde o sulco da mama até o umbigo e puxá-la superiormente. Como o próprio cirurgião aborda, “por isso que ela é reversa”, destacando que essa técnica é ideal quando a flacidez está restrita à área do umbigo para cima.
A abdominoplastia reversa é uma opção para quem já passou por um processo de emagrecimento expressivo, como no caso de Maya, e ficou com excesso de pele na parte superior do abdômen. Esse procedimento é também uma escolha para aqueles que já realizaram cirurgias anteriores na região, como a colocação de próteses mamárias, que deixam cicatrizes abaixo do seio. Na abdominoplastia reversa, essa cicatriz existente pode ser aproveitada para fazer a incisão necessária, evitando marcas adicionais.
Pessoas que buscam a abdominoplastia reversa geralmente têm pele com perda de elasticidade ou flacidez na região superior do abdômen, algo que não seria resolvido com uma abdominoplastia tradicional. Esse grupo inclui, muitas vezes, indivíduos que passaram por uma grande perda de peso, gestantes que enfrentam flacidez na área superior e até mesmo pacientes que possuem cicatrizes de cirurgias anteriores que podem ser aproveitadas para a incisão do novo procedimento.
A técnica da abdominoplastia reversa envolve uma incisão na área abaixo das mamas, geralmente aproveitando uma cicatriz existente, como uma cicatriz de prótese, se for o caso. A partir dessa incisão, o cirurgião remove um pequeno triângulo de pele, tensionando a área e puxando a pele flácida para cima, melhorando assim o contorno da região abdominal. Ao realizar o procedimento desta forma, evita-se uma nova cicatriz na região inferior do abdômen, e a cicatriz na área superior costuma ser discreta e facilmente coberta pelas mamas.
Durante o procedimento, o cirurgião trabalha com cuidado para não interferir na musculatura abdominal. Isso significa que o processo é menos invasivo do que a abdominoplastia tradicional, que muitas vezes exige a reconstrução da parede muscular, o que demanda um período de recuperação maior e mais restrições para o paciente.
Optar pela abdominoplastia reversa oferece algumas vantagens interessantes, especialmente para quem já possui uma cicatriz abaixo das mamas. Uma das principais vantagens é a ausência de cicatrizes adicionais na parte inferior do abdômen, o que torna a técnica uma opção atraente do ponto de vista estético.
Além disso, a recuperação tende a ser menos complexa do que a abdominoplastia tradicional, já que não há intervenção muscular. Porém, como em qualquer procedimento cirúrgico, a abdominoplastia reversa também demanda alguns cuidados pós-operatórios. Recomenda-se que o paciente evite atividades físicas intensas e qualquer esforço abdominal durante as primeiras semanas após a cirurgia, a fim de assegurar uma recuperação tranquila e garantir os melhores resultados possíveis.
A abdominoplastia reversa tem como objetivo principal a remoção do excesso de pele na área superior do abdômen, enquanto a tradicional trata tanto a região inferior quanto a parede muscular, corrigindo hérnias ou diástase (separação dos músculos abdominais). Esta é uma escolha ideal para pacientes com problemas mais complexos de flacidez e musculatura, enquanto a reversa foca em casos de flacidez na região superior e com mínima intervenção.
Ambos os procedimentos são eficazes, mas cada um deles atende a diferentes necessidades estéticas e estruturais. A escolha entre a abdominoplastia reversa e a tradicional deve sempre ser feita em conjunto com um cirurgião plástico especializado, que saberá identificar qual técnica é mais indicada para as particularidades de cada paciente.
A abdominoplastia reversa é menos invasiva para aqueles que buscam melhorar o contorno da parte superior do abdômen. No caso de Maya Massafera, a técnica foi escolhida para resolver o problema do “umbigo triste” e da flacidez pós-emagrecimento, uma situação comum entre pessoas que passam por grandes mudanças de peso.
Se você se identifica com os casos em que a abdominoplastia reversa é indicada, é sempre importante conversar com um profissional de confiança para avaliar a viabilidade do procedimento e os cuidados necessários para uma recuperação segura e eficaz.
Leia também:
Guia completo: como escolher um cirurgião plástico qualificado
Quando fazer procedimento estético? Especialistas alertam causas e consequências das mudanças
Gisele Bündchen é adepta! Tudo que você precisa saber sobre parto na água
Shopping no Brás pega fogo. Por que um incêndio é tão perigoso para a saúde?
Auxílio-doença: como ter acesso aos benefícios do INSS?
Por que a nova geração não usa mais camisinha?
IA em prol da saúde: novas tecnologias auxiliam no combate ao câncer de mama
Bullying e cirurgia plástica: 1 em 3 jovens vítimas querem fazer procedimentos estéticos