Joyce Lima Paiva, estudante de enfermagem da Universidade Evangélica de Goiás, morreu no último sábado em razão de complicações causadas por uma infecção urinária. - Reprodução: Instagram

Médico explica caso da jovem que morreu de infecção urinária aos 21 anos

Urologista sana dúvidas e diz quando precisamos nos preocupar diante do quadro que infelizmente pode ser fatal quando não descoberto a tempo

Renata Rode Publicado em 14/10/2024, às 17h03

A infecção do trato urinário, popularmente conhecida como “infecção urinária”, atinge sete milhões de pessoas anualmente, segundo pesquisa da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). É causada por bactéria e é muito comum, sendo relatados mais de 2 milhões de casos todos os anos no Brasil. O alerta sobre o quadro veio à mídia infelizmente após o falecimento de Joyce Lima Paiva, estudante de enfermagem da Universidade Evangélica de Goiás, que morreu no último sábado (12) em razão de complicações causadas por uma infecção urinária. Apesar de ter sido internada em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em um hospital de Anápolis (GO), ela não resistiu. A infecção urinária da jovem de 21 anos se espalhou para os rins e sangue. Ela deixa um bebê de 7 meses.

Dr. Karlo Souza, Urologista do Hospital Santa Clara, explica que que infecção urinária é mais frequente no sexo feminino e geralmente mais comum em pacientes com idade avançada, mas pode acometer todas as faixas etárias. “A infecção urinária pode complicar e evoluir para uma quadro de pielonefrite, onde já passa a afetar, além da bexiga, o rim. Os sintomas de piora são febre, dor lombar e queda do estado geral”, alerta. O especialista ressalta que a infecção urinária é algo relativamente comum, principalmente nas mulheres, mas a grande maioria das infecções são baixas e acometem apenas a bexiga, tendo evolução favorável com o tratamento. “Nesse caso, que a infecção evolui e progride para o acometimento renal, a evolução pode ser complicada com o surgimento de sepse e afetar mais órgãos. A evolução para o quadro de sepse pode ser mais comum em pacientes com imunidade baixa, entre eles diabéticos e imunodeprimidos”, explica Souza.

Dr. Karlo pontua que no caso da estudante, a gravidez recente e o fator da profissão de enfermeira, estando num ambiente colonizado por bactérias, pode ter infelizmente ajudado para evolução do cenário de maneira negativa. “Precisaria de mais detalhes pra saber se estava se alimentando e se hidratando bem, ou mesmo realizando alguma atividade física. O fato de ela não ter sintomas fortes não é algo incomum, pois existem pacientes que não apresentam todos os sintomas, principalmente pacientes idosos, que  são mais propensos a evoluir com esse tipo de quadro”. O médico alerta que os sinais mais comuns são dor e ardência miccional, sangue na urina, dor no baixo ventre e febre. Geralmente, o tratamento tem resolução em poucos dias. “Se após o tratamento inicial com antibiótico os sintomas não regredirem e os exames laboratoriais não apresentarem uma melhora, a orientação é internar e fazer o tratamento acompanhado”, explica.

Ainda, segundo o especialista, a infecção urinária recorrente é tratada pelo médico urologista. “É comum acompanhar em consultório queixas sobre recorrência do quadro porque hoje as mulheres tem vida sexual mais ativa que antigamente sendo que grande parte das pessoas desconhecem a informação de que é o Urologista que trata esse tipo de caso. Ainda, beber água constantemente e se alimentar bem é essencial. No caso da hidratação favorece porque um dos nossos mecanismos de defesa é urinar com frequência e evita que as bactérias ascendam até a bexiga. Ainda, sobre a alimentação é preciso cuidar para que não haja baixa da imunidade”, complementa.

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