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Menino de 9 anos mata animais em clínica veterinária; saiba por que não há implicações criminais

Ação de menino que matou 23 animais em clínica veterinária traz alerta sobre saúde mental infantil e reacende discussão sobre apoio psicológico

Da Redação Publicado em 15/10/2024, às 19h45

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Ação de menino que matou 23 animais em clínica veterinária traz alerta sobre saúde mental infantil - Imagem │Reprodução
Ação de menino que matou 23 animais em clínica veterinária traz alerta sobre saúde mental infantil - Imagem │Reprodução

No último domingo (13), um menino de 9 anos invadiu um hospital veterinário em Nova Fátima, no Paraná, e matou 23 pequenos animais, incluindo coelhos e porquinhos-da-índia. As câmeras de segurança registraram o ocorrido, facilitando a identificação da criança e a ação do Conselho Tutelar. A criança, que já havia visitado o hospital veterinário no dia anterior, voltou na noite de domingo, pulou o muro e, segundo relatos, agiu com uma crueldade que surpreendeu e chocou os moradores da cidade. 

Ao portal Metrópoles, a Polícia Civil do Paraná (PCPR) confirmou que, como a criança tem apenas 9 anos, não há implicações criminais. De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente, apenas a partir dos 12 anos é que menores infratores podem receber medidas socioeducativas, em casos de atos infracionais — ações que não são classificadas como crimes, mas análogas a eles.

Conselho Tutelar age para proteger menino de 9 anos que matou animais

Como é comum em casos envolvendo menores de idade, o menino está agora sob os cuidados do Conselho Tutelar, recebendo apoio psicológico. Embora não houvesse indícios prévios de comportamento violento, a família, que já está em contato com as autoridades, expressou surpresa e preocupação com o ocorrido. A avó, responsável pela criação da criança, está colaborando com a equipe multidisciplinar designada para tratar do caso.

É importante lembrar que o foco, neste momento, deve ser no apoio à criança e na busca por soluções que ajudem a entender o que motivou o ato. O acompanhamento psicológico é essencial para evitar que situações como essa se repitam e para garantir o bem-estar emocional da criança, que, como qualquer outra, precisa de amparo e acolhimento para seu desenvolvimento saudável.

Justiça reprime mensagens de ódio

Com a repercussão do caso, as redes sociais foram inundadas por comentários de indignação e, infelizmente, algumas mensagens de ódio direcionadas ao menino e sua família. O Ministério Público do Paraná já se posicionou contra essas atitudes, alertando que qualquer forma de ataque à criança será devidamente apurada e punida.

Em nota oficial, o MPPR informou que está monitorando de perto o caso em Nova Fátima e que todas as mensagens de ódio direcionadas à criança serão investigadas. Além disso, ressaltou que o sigilo do processo é necessário, pois envolve uma criança, e que qualquer pessoa que tentar violar esses limites legais será responsabilizada.

A história, por mais dolorosa que seja, traz à tona a importância de abordar a saúde mental infantil com seriedade e sensibilidade. É essencial garantir que os cuidados certos sejam oferecidos às crianças que demonstram comportamentos incomuns ou agressivos, a fim de prevenir situações trágicas e oferecer o suporte necessário para seu crescimento.

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