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Relacionamento / CONFIRA

‘É Assim Que Acaba’: quais são as fases de um relacionamento abusivo?

Adaptação de best-seller chega aos cinemas em agosto e explora a complexidade de relações tóxicas; conheça as fases de um relacionamento abusivo

Adaptação de best-seller, que chega aos cinemas em agosto, conta o desenrolar de uma relação tóxica - Reprodução│Sony Pictures
Adaptação de best-seller, que chega aos cinemas em agosto, conta o desenrolar de uma relação tóxica - Reprodução│Sony Pictures

A Sony Pictures divulgou, na última quinta-feira (16), o trailer de ‘É Assim Que Acaba’. O longa-metragem é a adaptação do best-seller homônimo de Colleen Hoover. A trama conta a história de Lily (Blake Lively), uma jovem que se muda de uma pequena cidade do Maine para Boston, nos Estados Unidos. Formada em marketing, ela abre a própria floricultura e conhece Ryle (Justin Baldoni), um neurocirurgião com uma grande aversão a relacionamentos. Atraídos, eles engatam um namoro. 

Tudo começa a desandar quando Lily se vê em uma relação turbulenta e dolorosa. Ao longo da história, a personagem de Blake Lively passa por todas as fases de um relacionamento abusivo. A obra de Hoover é uma narrativa envolvente e traz uma importante mensagem sobre escolhas certas em momentos difíceis. O filme chega aos cinemas em 8 de agosto. Confira o trailer: 

Relacionamento abusivo

Segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, foram registrados no país 722 feminicídios entre janeiro e junho de 2023. Os dados representam um aumento de 2,6% comparado com o mesmo período do ano anterior. Apesar do aumento das campanhas de prevenção contra este tipo de violência, uma questão ainda é latente: por que é tão difícil romper com o ciclo de um relacionamento tóxico?

Josefa Ferreira, psicóloga especialista do Núcleo de Sexualidade da Holiste Psiquiatria, esclarece que os contextos históricos e culturais reforçam a crença de que as mulheres são propriedade de seus parceiros. Além disso, a dimensão da violência psicológica pode atrasar o momento crucial para romper o ciclo de violência: a denúncia. 

“Ele não é sempre assim”: as fases de um relacionamento abusivo

Na maioria dos casos, é muito difícil para a vítima se desvencilhar do abuso. Isso ocorre porque, geralmente, esse tipo de violência não acontece todos os dias. “O relacionamento abusivo possui uma estrutura cíclica. Isso significa que a convivência com o parceiro não vai mal o tempo todo, mas oscila entre momentos de humilhação e agressão, e situações de valorização e afeto que levam a vítima a relevar os eventos ruins”, explica a especialista. 

Confira a seguir quais são as fases de um relacionamento abusivo e o que caracteriza cada uma delas. 

Tensão: nesta fase, o abusador cria situações para deixar a vítima ansiosa, com medo de que algo aconteça. É o momento em que o agressor faz ameaças e chantagens emocionais.

Incidente: no ápice da expectativa criada pela fase de tensão, vem o incidente. Nesse ponto acontece a violência, que pode ser verbal, física ou alguma atitude violenta, como atirar objetos e bater nas paredes, por exemplo.  

Reconciliação: em seguida, vem a fase de reconciliação. Nesse momento, o abusador pede desculpa pelo descontrole, mas transfere a responsabilidade por suas atitudes para a vítima, colocando a parceira como culpada por desencadear o incidente.  

Lua de mel: por fim, vem a calmaria. Nessa fase, o abusador se transforma em um parceiro ponderado e o abuso é esquecido até que o ciclo recomece. 

Saiba como reconhecer um relacionamento abusivo e sair dessa situação.

Denuncie!

Vale destacar que em casos de agressão é recomendado que pessoas de fora denunciem às autoridades competentes. Esqueça o ditado popular “Em briga de marido e mulher, ninguém mete a colher”. Ignorar a violência é, inclusive, considerado crime, conforme diz o Código Penal, em seu artigo 135

É considerada omissão de socorro quando aqueles que, estando em condições de prestar assistência a alguém em perigo, deixam de fazê-lo. A pena para esse crime é de detenção de um a seis meses, ou multa.

Individualmente, é essencial buscar ajuda profissional para fortalecer-se e romper o ciclo de abuso, evitando armadilhas como promessas de mudança e um novo final. O final feliz só será possível longe da relação violenta.