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Bem-estar e Saúde / Síndrome da Pessoa Rígida

Doença de Céline Dion: saiba mais sobre rara síndrome da cantora

Doença de Céline Dion afastou cantora dos palcos em 2022; artista fez apresentação emocionante na cerimônia de abertura das Olimpíadas de Paris

Gabriela Occhipinti
por Gabriela Occhipinti

Publicado em 26/07/2024, às 18h35

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Fora dos palcos desde 2022, Céline Dion encerra cerimônia de abertura das Olimpíadas de Paris com apresentação emocionante - Reprodução/Instagram/@celinedion
Fora dos palcos desde 2022, Céline Dion encerra cerimônia de abertura das Olimpíadas de Paris com apresentação emocionante - Reprodução/Instagram/@celinedion

Afastada dos palcos desde 2022, Céline Dion fez uma apresentação emocionante na cerimônia de abertura das Olimpíadas de Paris nesta sexta-feira (26). O retorno da artista acontece após a rara doença de Céline Dion a forçar a interromper sua carreira. Saiba mais sobre a Síndrome da Pessoa Rígida (SPR) que afeta a estrela.

A condição impede o relaxamento dos músculos, causando espasmos e dor extrema, o que impossibilitou a cantora de continuar com sua rotina de shows. Adorada pelo público francês, ela participou da histórica abertura dos Jogos Olímpicos, que pela primeira vez ocorreu fora de um estádio, às margens do Rio Sena, que corta Paris.

A cerimônia de abertura do maior evento esportivo do mundo contou ainda com a participação de Lady Gaga, Aya Nakamura, uma das artistas francesas mais ouvidas, Gojira e Marina Viotti. Céline Dion cantou, diretamente da Torre Eiffel, marcando o encerramento da apresentação que dá início aos Jogos Olímpicos.

Lady Gaga apresentou uma nova versão da canção de Zizi Jeanmaire
Lady Gaga apresentou uma nova versão da canção de Zizi Jeanmaire - Reprodução/Instagram/@olympics

A doença de Céline Dion

Rigidez muscular é o maior desafio para as pessoas com a Síndrome da Pessoa Rígida, uma doença autoimune rara que tem um ou dois casos a cada um milhão de pessoas. Isso ocorre porque os músculos se tornam cada vez mais rígidos e aumentam de tamanho. Essa alteração geralmente começa no tronco e abdômen, mas pode afetar todos os músculos do corpo.

"É como se alguém estivesse te estrangulando", disse Céline Dion à NBC News em junho. A cantora afirmou também que a condição começou com espasmos na garganta. "Começou na garganta e eu pensei: vai ficar tudo bem. Mas os espasmos também podem acontecer no abdômen, na espinha e nas costelas", contou.

Sem cura, a doença de Céline Dionatinge de duas a três vezes mais mulheres do que homens, e sua progressão é inevitável, fazendo com que a maioria dos pacientes fique acamada.

A rigidez muscular é grave e pode trazer diversas consequências para o corpo. "Eu tive uma costela quebrada, porque, quando o espasmo é muito severo, pode quebrar uma parte do seu corpo", disse a cantora.

Céline Dion abriu seu coração sobre a SPR em um documentário lançado em junho deste ano. Em “Eu sou: Céline Dion”, disponível no serviço de streaming Prime Video, ela narra sua luta contra a doença neurológica rara. No longa, a artista diz que começou a sentir os sintomas há 17 anos e que tentou, por muito tempo, esconder a condição dos fãs.

Veja o trailer do documentário de Céline Dion:

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Diagnóstico e tratamento

A doença de Céline Dion afeta principalmente o cérebro e a medula espinhal (o sistema nervoso central). A causa da Síndrome da Pessoa Rígida pode ser uma reação autoimune — quando o corpo produz anticorpos que atacam seus próprios tecidos — ou, em alguns casos, pode ser desconhecida.

Ao notar os primeiros sinais de rigidez muscular, recomenda-se procurar um médico, que realizará exames para confirmar o diagnóstico. Os testes mais comuns incluem eletromiografia e exames de sangue para detectar anticorpos presentes em muitas pessoas com Síndrome da Pessoa Rígida.

Em documentário, Céline Dion mostra sua luta contra a Síndrome da Pessoa Rígida
Em documentário, Céline Dion mostra sua luta contra a Síndrome da Pessoa Rígida - Reprodução/Instagram/@celinedion

Pessoas com doenças autoimunes, como diabetes tipo 1 e vitiligo, têm maior propensão a desenvolver a Síndrome da Pessoa Rígida. Geralmente, os primeiros sinais da doença aparecem entre os 20 e os 50 anos.

O enfrentamento da síndrome é difícil, pois pode levar de 5 a 20 anos para se espalhar pelo corpo do paciente; assim, o avanço da doença varia para cada pessoa.

Como não há cura, o tratamento da Síndrome da Pessoa Rígida é focado no alívio dos sintomas. Por isso, muitas vezes é feito com base em medicamentos psiquiátricos, como ansiolíticos, que, quando usados nas doses indicadas pelo médico, auxiliam no relaxamento da musculatura e, consequentemente, no alívio da dor.

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