A indústria têxtil é a segunda maior poluidora do planeta e em tempos de consumo consciente, é fundamental ter um guarda-roupa sustentável
Publicado em 15/11/2024, às 16h30
O consumidor brasileiro adquire, em média, 30 peças de roupa por ano, segundo dados da Statista. Embora esse padrão de consumo impulsione o mercado têxtil, ele também representa um grande desafio ambiental. Estima-se que até 70% dessas roupas são pouco utilizadas e ficam guardadas sem uso regular. Para contribuir com a sustentabilidade e reduzir a quantidade de resíduos gerados, adotar práticas que prolonguem a vida útil das roupas é essencial. Isso não só gera economia, mas também promove um guarda-roupa sustentável, alinhado com um consumo mais responsável.
A indústria têxtil é a segunda maior poluidora do planeta, ficando atrás apenas da indústria petrolífera. Em tempos de consumo consciente, cuidar da durabilidade das roupas vai muito além de uma questão de economia. Trata-se de uma escolha que impacta diretamente o meio ambiente e a sociedade.
Pensando nisso, a Positiv.a em parceria com a Cora Design criou o Guia do Guarda-Roupa Sustentável, que traz uma série de dicas práticas para ajudar as pessoas a cuidarem melhor de suas roupas, sapatos e acessórios, promovendo um estilo de vida mais consciente.
"Cuidar das nossas roupas é um ato de amor pelo planeta e por nós mesmos. Quando escolhemos bem, cuidamos bem e fazemos nossas roupas durarem, estamos dando um passo importante para um consumo mais consciente e sustentável. Sem falar da economia financeira!”, afirma Marcella Zambardino, cofundadora da Positiv.a.
O primeiro passo para garantir um guarda-roupa sustentável começa na escolha dos materiais. Optar por tecidos como algodão, linho e cânhamo, que são duráveis e de fácil manutenção, é fundamental para reduzir o impacto ambiental da moda. A qualidade do material é um fator-chave para aumentar a vida útil das peças e diminuir a necessidade de reposição frequente.
A lavagem adequada das roupas é essencial para preservar sua durabilidade. Produtos à base de coco, por exemplo, não só remove manchas, mas também amacia as peças, facilitando o processo de passar e protegendo as fibras dos tecidos. Além disso, o uso de água fria pode reduzir até 90% o consumo de energia, contribuindo para um guarda-roupa sustentável de maneira mais econômica e ecológica.
Outro aspecto essencial para manter o guarda-roupa sustentável é o armazenamento correto. Pendurar casacos, camisas e blusas ajuda a evitar amassados e deformações, enquanto dobrar peças como camisetas e calças economiza espaço e previne vincos. Manter o guarda-roupa limpo e organizado também é fundamental para preservar a qualidade das roupas e facilitar o acesso às peças.
Manter as roupas em bom estado exige pequenos reparos, como costurar botões soltos ou remendar áreas desgastadas. Incentivar a manutenção das peças, valorizando as costureiras locais, ajuda a promover a economia circular e a evitar o descarte precoce de roupas.
"Cada vez que consertamos uma peça, estamos praticando a sustentabilidade na moda. É um gesto simples, mas que faz toda a diferença", afirma Marcella.
O guarda-roupa sustentável também propõe uma reflexão sobre o consumo consciente. Antes de adquirir uma nova peça, é importante avaliar a real necessidade, verificar se ela se encaixa no seu estilo de vida e considerar alternativas, como peças de segunda mão ou de pequenos negócios locais.
A economia circular com programas de logística reversa é uma alternativa, afinal, garante que as peças que não podem mais ser usadas tenham um destino adequado. "Nosso compromisso é com um ciclo de vida mais longo e sustentável para cada produto que oferecemos", finaliza Marcella.
Adotar práticas para um guarda-roupa sustentável não só contribui para a preservação do meio ambiente, mas também para um consumo mais ético e responsável. Invista em qualidade, cuide bem das suas roupas e participe de um ciclo de moda mais sustentável e consciente.
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