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Famosos / VIVÊNCIAS

Influenciadora de turismo aponta país que mais sofreu xenofobia: “Se acham superiores”

A influenciadora Renata Porto, que já viajou para quase 50 países, aponta os locais que sofreu mais xenofobia por ser brasileira

Da redação Publicado em 17/09/2023, às 08h00

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A influenciadora de turismo Renata Porto desabafou sobre os ataques de xenofobia que sofreu. - Arquivo Pessoal
A influenciadora de turismo Renata Porto desabafou sobre os ataques de xenofobia que sofreu. - Arquivo Pessoal

Não são raros os casos de xenofobia em holofote na mídia. Ataques a jogadores de futebol, a imigrantes - ou qualquer outra pessoa que esteja em outro lugar que não seja a sua terra natal - se tornam cada vez mais frequentes. Após visitar quase 50 países, a influenciadora de turismo Renata Porto passou por muitas situações negativas na estrada, e aponta país que mais sofreu xenofobia: os Estados Unidos. "Se acham superiores”, afirma.

Em entrevista a AnaMaria Digital, a brasileira apontou que viveu alguns dissabores em seu tempo vivendo na terra do Tio Sam. Trabalhando nos parques da Disney, em Orlando, ela relembra o preconceito sofrido. “Um caso que me marcou muito foi quando tive um imprevisto com o ônibus que me levava ao trabalho e, por conta disso, acabei ganhando uma advertência escrita, que fica registrada por um ano. Ela poderia ter entendido, já que os ônibus são próprios da Disney, mas não quis. Já tem uns 10 anos isso, mas lembro até hoje do nome dessa mulher. E não era só comigo - notei que ela fazia isso com todos que eram de algum país latino”, relembra.

Apesar de ter enfrentado os episódios de xenofobia, ela decidiu não levar o caso aos superiores: “Até pensei em reclamar com o RH na época, mas nunca fiz nada. Talvez, se nós tivéssemos nos juntado para reclamar, teria acontecido algo. Eu tinha 18 anos, pensava diferente… Se fosse hoje, com certeza, faria alguma coisa”.

ESTE NÃO FOI O ÚNICO CASO

Renata adianta que o caso não foi isolado. “Além da Disney, também fui trainee em uma famosa rede de hotéis na Flórida, onde fiquei por dois anos. Não fui discriminada pela equipe, mas sim por hóspedes, principalmente americanos, quando atuei na recepção”, ela lamenta.

Entre as 50 nacionalidades, a blogueira já visitou o Alasca, China, Japão, Grécia e México. Apesar da quantidade numerosa de carimbos em seu passaporte, afirma que se sentiu mais atacada pela xenofobia em um lugar: “Gosto muito dos Estados Unidos, mas lá foi onde eu mais senti esse preconceito. Obviamente que não se aplica a todos, já que existem inúmeras pessoas bacanas, mas existem americanos que se acham superiores aos brasileiros. Isso não faz sentido porque eles acham que a Amazônia nem é no Brasil".

Além disso, segundo Renata, eles também tiram sarro e fazem piada com o nosso sotaque. "Outra atitude que não tem explicação, porque, muitas vezes, o brasileiro fala o português, o inglês e algum outro idioma de maneira fluente, enquanto eles só falam o inglês de nascença mesmo”, finaliza.