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Diversos / Alto-mar

Por que é difícil sobreviver a um naufrágio? Entenda o que acontece com o corpo humano na água

Um naufrágio na Garganta do Diabo trouxe à tona as dificuldades de sobreviver em alto-mar; entenda os principais fatores que colocam a vida em risco

Marina Borges
por Marina Borges
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Publicado em 07/10/2024, às 14h30

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Entenda por que é tão difícil sobreviver a um naufrágio - Freepik/creativeart
Entenda por que é tão difícil sobreviver a um naufrágio - Freepik/creativeart

Um naufrágio recente no litoral de São Paulo trouxe à tona a fragilidade da vida humana diante da força da natureza. A tragédia, que resultou em duas mortes e no desaparecimento da embarcação, reacendeu o debate sobre as dificuldades de sobreviver em alto-mar. Mas por que é tão difícil escapar ileso de um acidente como esse? A combinação de fatores como hipotermia, desidratação, exaustão e a imensidão do oceano transformam um naufrágio em uma luta constante pela sobrevivência.

O acidente ocorrido em São Vicente, mais especificamente na Garganta do Diabo, onde um barco com sete pessoas a bordo afundou, expôs a fragilidade da vida humana diante das forças da natureza. Apesar dos esforços de resgate, duas pessoas perderam suas vidas. O caso serve como um alerta sobre os perigos da navegação e os desafios de sobreviver a um naufrágio.

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Por que é tão difícil sobreviver a um naufrágio?

A sobrevivência em um naufrágio é um desafio extremo, onde diversos fatores se combinam para colocar a vida em risco. Entre os principais desafios estão:

  • Hipotermia: a imersão em água fria causa uma rápida perda de calor corporal, levando à hipotermia. Mesmo em águas tropicais, a temperatura pode ser baixa o suficiente para causar a morte por hipotermia em poucas horas;

  • Exaustão: nadar em águas agitadas exige grande esforço físico, levando à exaustão rapidamente. A fadiga muscular dificulta a manutenção da flutuação e aumenta o risco de afogamento;

  • Desidratação: a água salgada, ao invés de hidratar, causa desidratação, pois o corpo tenta eliminar o excesso de sal. A desidratação pode levar a tonturas, confusão e, eventualmente, à morte;

  • Fome: sem acesso a alimentos, o corpo humano entra em um estado de jejum, comprometendo as funções vitais;

  • Predadores marinhos: a presença de animais marinhos, como tubarões, pode representar um risco adicional para os náufragos;

  • Isolamento e medo: a solidão e o medo do desconhecido podem afetar a saúde mental e dificultar a tomada de decisões racionais.

Situações adversas em alto mar

naufrágio
Tempestades em alto-mar dificultam a sobrevivências em naufrágios - Foto: Freepik

Além dos desafios fisiológicos, os náufragos enfrentam diversas situações adversas em alto-mar:

  • Correntes marítimas: as correntes marítimas podem arrastar os náufragos para longe da costa, dificultando o resgate;

  • Condições climáticas: tempestades, ondas gigantes e ventos fortes podem tornar a sobrevivência ainda mais difícil;

  • Falta de orientação: sem pontos de referência, é fácil se perder em alto-mar, dificultando a localização por equipes de resgate;

  • Falta de equipamentos de segurança: a ausência de coletes salva-vidas, botes salva-vidas e outros equipamentos de segurança reduz significativamente as chances de sobrevivência.

Um naufrágio é uma experiência traumática e a sobrevivência depende de uma série de fatores, como condições climáticas, estado de saúde dos náufragos e rapidez do resgate. A tragédia em São Vicente serve como um lembrete da importância da segurança náutica e da necessidade de estar preparado para imprevistos. Ao compreender os desafios enfrentados pelos náufragos, podemos valorizar ainda mais a vida e tomar medidas para evitar acidentes como esse.

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