Fafá de Belém, renomada cantora brasileira, participou recentemente do podcast Vênus e em uma entrevista franca, revelou uma restrição imposta por suas netas em relação à música. A cantora compartilhou que suas netas são aconselhadas a não ouvir funk, pois ela acredita que o gênero é permeado por machismo e sadismo.
Durante a conversa, Fafá de Belém relatou um incidente em que flagrou uma de suas netas dançando em casa e repreendeu a criança, afirmando que aquela não era uma música adequada para ela: “Um dia desses minha neta estava dançando em casa e eu disse: ‘Isso não é legal, você tem sete anos [à época]. Não sabe que sinais está lançando com seu corpo. Tem gente muito ruim. Um maluco pode captar da forma errada e você vai sofrer muito'”.
A cantora explicou que suas netas, Laura, de 11 anos, e Júlia, de seis, são desencorajadas a ouvir funk devido à presença de elementos machistas no gênero: “É muito delicado algumas coisas machistas no funk para nossas crianças. Nossas meninas achando que empoderamento é estar à disposição do macho. Isso é estar a serviço do machismo mais sórdido, da grosseria, [que vê] a mulher como objeto”.
“CHULOS”
Fafá de Belém expressou sua preocupação com os termos vulgares presentes nas letras do funk, afirmando que eles não são apropriados para crianças: “Os termos são chulos para falar a uma criança novinha. O que é isso? A criança é inocente, não sabe o poder que o corpo dela tem”, concluiu a cantora.
A opinião de Fafá de Belém sobre o funk gerou controvérsias e debates sobre os limites da liberdade artística e a influência das músicas na formação das crianças. A cantora ressaltou a importância de uma comunicação responsável, especialmente em uma era em que as mensagens têm um alcance amplo e rápido através da internet.